- Comentar
A guerra na Ucrânia continua a dominar a atualidade, esta quarta-feira. O enviado especial da TSF à Ucrânia, Pedro Cruz, entrou, esta manhã a Kiev, depois de uma viagem de quase onze horas, a partir de Lviv. No comboio em que seguia, conta o repórter, encontravam-se, essencialmente, três tipos de viajantes: jornalistas, combatentes que querem alistar-se no exército e pessoas que vão "resgatar" familiares à capital.
Relacionados
Portugal já concedeu mais de cinco mil pedidos de proteção temporária

Leia também:
Reportagem TSF em Kiev: a contracorrente. Combatentes e os que deixaram família para trás chegam à capital
Chegado a Kiev, o enviado especial da TSF encontrou uma "cidade fantasma". Pedro Cruz relata que um "profundo silêncio" tomou conta da capital, agora praticamente "deserta".

Leia também:
Reportagem TSF em Kiev. Capital é "cidade fantasma" invadida por um "profundo silêncio"
Em Lviv, os ucranianos deixam cartazes pelas ruas, com mensagens para os soldados russos que ocuparam o país. "Não matem pelo Putin", "não vos receberemos com flores, mas com balas" e "vão para casa" são algumas das frases espalhadas pela cidade.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias

Leia também:
Reportagem TSF. "Conseguem olhar nos olhos os vossos filhos depois do que estão a fazer?"
Ao início da manhã, a Ucrânia anunciou que chegou a um acordo com a Rússia para um cessar-fogo de um dia que permita que os cidadãos ucranianos sejam retirados através de corredores humanitários. Deverá estar em vigor entre as 9h00 às 21h00 em seis áreas fortemente afetadas pelos combates.

Leia também:
Ucrânia anuncia acordo para corredores humanitários com duração de um dia
Horas mais tarde, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia afirmou que tem havido "progressos" nas negociações com Kiev para resolver o conflito na Ucrânia e garantiu que as tropas de Moscovo não estão a tentar derrubar o governo ucraniano.

Leia também:
Rússia admite "progressos" nas negociações com a Ucrânia
Também o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a falar esta quarta-feira. Desta vez, para pedir aos aliados do Ocidente que resolvam "com urgência" a oferta da Polónia de fornecer caças ao país.

Leia também:
"Não há tempo." Zelensky pede rapidez na resolução da oferta de caças polacos
Já o operador estatal de energia da Ucrânia anunciou que o acesso da central nuclear de Chernobyl e dos seus sistemas de segurança à energia elétrica foram "cortados por completo".

Leia também:
Corte de energia em Chernobyl gera risco de descarga nuclear
Na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, e do apoio que a aliada Bielorrússia lhe tem dado na operação, a União Europeia vai reforçar sanções a oligarcas russos e bancos bielorrussos.

Leia também:
União Europeia vai reforçar sanções a oligarcas russos e bancos da Bielorrússia
E no rescaldo das sanções que já haviam sido aplicadas, os oligarcas russos estão a ancorar mega-iates em portos remotos de pequenas nações, como as Maldivas e Montenegro, numa tentativa de escaparem às restrições.

Leia também:
Oligarcas russos ancoram mega-iates em portos remotos para fugirem às sanções
Do físico para o digital, a guerra também se faz na internet. A Ucrânia pediu à organização que supervisiona a internet para boicotar a Rússia. Mas Pedro Veiga, antigo coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, diz à TSF que é difícil que tal possa concretizar-se.

Leia também:
A guerra também se faz na internet
Em Portugal, avança-se nos preparativos para acolher os refugiados que chegam da Ucrânia. A TSF esteve em reportagem no estádio de Leiria, que se transformou numa "grande casa" para quem foge da guerra. As primeiras 50 pessoas chegam já esta semana.

Leia também:
Estádio de Leiria transformou-se numa "grande casa" para acolher refugiados
A guerra na Ucrânia tem também repercussões noutros países quanto à dependência energética da Rússia. A Comissão Europeia vai apresentar uma proposta legislativa para exigir que a capacidade de armazenamento subterrâneo de gás na União Europeia esteja preenchida em pelo menos 90% até outubro. Em Portugal, já se faz o armazenamento de gás subterrâneo há cerca de uma década.

Leia também:
"Maiores do que a torre Eiffel." Portugal tem grandes cavernas para armazenamento de gás