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A presidente do Conselho Português para os Refugiados considera grave o que está a ser relatado sobre o acolhimento de refugiados ucranianos em Setúbal.
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Mónica D'Oliveira Farinha diz à TSF que, não só foram ignoradas as melhores práticas, como é inédito, em Portugal, serem os próprios acolhidos a denunciar essas más práticas.
Quanto aos procedimentos, eles existem, e estão previstos na lei de asilo.
No caso da guerra da Ucrânia, seguem-se regras especiais a partir da experiência adquirida nos últimos anos, especialmente depois do agravamento da crise dos migrantes vindos do norte de África e da Ásia, via Itália e Grécia.
Ouça as declarações de Mónia D'Oliveira Farinha à TSF.
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A presidente do Conselho Português para os Refugiados, garante que, em nenhuma circunstância, os antagonistas devem ser forçados a conviver, durante processo de acolhimento, independentemente da nacionalidade.
Mas o problema principal que está a ser colocado com o caso de Setúbal, é a falha na proteção de dados pessoais.
Uma falha que coloca em causa a confiança em todos os que participam no processo.
Mónica D'Oliveira Farinha reconhece que há vários problemas jurídicos neste caso, mas o problema político dificulta a resolução do assunto.
No caso do Conselho Português de Refugiados, a presidente diz que não é hábito trabalhar com as associações de imigrantes, mas que está sempre a recrutar intérpretes não profissionais, entre os migrantes e refugiados acolhidos em Portugal.
Só no ano passado, os 1400 pedidos de acolhimento em Portugal, chegaram de 80 nacionalidades diferentes, e de idiomas, quase todos diferentes.
Mas o recrutamento de intérpretes obriga a compromissos de confidencialidade muito claros.