"A palavra que hoje se vê em todo o lado é 'suprimido'." Greve de 24 horas da CP e IP com "adesão total"

O Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins garante que estão a "ser cumpridos os serviços mínimos" dos comboios, mas as bilheteiras estão "fechadas em todo o país".

O Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins afirma que a greve de 24 horas da CP e da IP, iniciada esta sexta-feira à meia-noite, conta já com uma adesão próxima dos 100%. O sindicalista António Salvado revelou que há dezenas de comboios suprimidos e as bilheteiras estão encerradas um pouco por todo o país.

"Metemos em cima da mesa várias propostas diferentes com menos impacto para a empresa, mas nada foi aceite, portanto, estamos neste caminho. A greve, como se pode ver, está com uma adesão total, os trabalhadores estão cumprir com os serviços mínimos e estão a fazer-se 25% dos comboios. As bilheteiras estão fechadas em todo o país e a palavra que hoje se vê em todo o lado é 'suprimido'", disse, em declarações aos jornalistas.

Fonte da CP indica à TSF que estão a ser cumpridos apenas os serviços mínimos. Circularam, até às 8h, 109 comboios, que são os de serviços mínimos previstos. O total de comboios programados até esta hora eram 245.

Os trabalhadores da CP - Comboios de Portugal e da Infraestruturas de Portugal cumprem esta sexta-feira o primeiro de dois dias greve, para reivindicar um prémio financeiro que compense a perda de poder de compra em 2022.

Uma plataforma de vários sindicatos que representam os trabalhadores da CP e da IP convocou uma greve para os dias 23 e 26 de dezembro, exigindo um prémio financeiro que compense a perda do poder de compra verificado no ano 2022, a atualização do subsídio de alimentação e o fim da "discriminação entre trabalhadores".

A CP colocou uma nota na página da internet a alertar para a previsão de "perturbações na circulação de comboios, a nível nacional", "com possível impacto nos dias anteriores e seguintes aos períodos de greve", lamentando ainda os transtornos causados.

Os clientes que já tinham comprado bilhetes para comboios cancelados podem pedir o reembolso total do valor, até 10 dias após terminada a greve, ou a revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria.

A plataforma que convocou a greve inclui a ASCEF - Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária, a ASSIFECO - Associação Sindical Independente, o FENTCOP - Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas, o SINDEFER - Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, o SINFA - Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários de Infraestruturas e Afins, o SINFB - Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários, o SIOFA - Sindicato Independente dos Operacionais e Afins e o STF - Sindicato dos Transportes Ferroviários.

A paralisação terá uma duração de 24 horas para os dias 23 e 26 deste mês e prevê ainda uma "greve ao trabalho suplementar, incluindo feriados e dias de descanso semanal, desde as 00:00 de 23/12 às 24:00 de 02 de janeiro de 2023".

Foram definidos serviços mínimos de 25% dos comboios, que, segundo a CP, concentram-se no início e no final do dia, as chamadas 'horas de ponta'.

Os trabalhadores da CP e IP estiveram em greve no passado dia 30 de novembro, o que levou ao cancelamento de centenas de comboios.

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