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Paulo Anacleto, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, avançava, ao início da manhã, uma adesão à greve da administração pública, no distrito de Coimbra, por parte dos enfermeiros a rondar os "80, 85 por cento" no turno da noite.
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"É demonstrativo, natural e inequivocamente, daquilo que é o descontentamento dos enfermeiros em relação a um conjunto de matérias e esperamos, e estamos convictos, que no turno da manhã e também da tarde isso irá ocorrer".
Paulo Anacleto afirma que, entre os enfermeiros, o "descontentamento é vário na desvalorização daquilo que são as carreiras". "Estamos a falar de salários, estamos a falar do SIADAP - sistema de avaliação da função pública - que tem de ser negociado, mas tem de ser negociado um SIADAP que vá ao encontro daquilo que são as expectativas dos enfermeiros, dos trabalhadores em geral".
Para o dirigente "há um conjunto de coisas que, hoje, cada vez mais, estão a fazer, passe a expressão, bola de neve no descontentamento não só dos enfermeiros como dos trabalhadores em geral".
Os professores também dizem que não podiam ficar de fora desta greve da administração pública, porque, alega Lurdes Santos, do Sindicato dos Professores da Região Centro, "há matérias que são exclusivas da luta dos professores, mas há muitas outras que são efetivamente de todos".
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"Não podemos ficar de fora de uma luta destas que incide na não concretização dos direitos dos trabalhadores, no custo de vida, enfim, todas essas questões que são de toda a sociedade e não são exclusivas de nenhum setor profissional", dizia esta manhã em Coimbra, à porta da Escola Secundária José Falcão, onde se juntaram representantes de várias estruturas sindicais.
Às 8h da manhã, hora de abertura, a escola estava ainda de portas fechadas com dezenas de alunos na entrada. Lurdes Santos acredita que este cenário "se irá repetir em muitas e muitas escolas".