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A tendência de redução do número de mortes por afogamento entre crianças e jovens, que se verificou nos últimos 20 anos, pode estar a inverter-se. O aviso é da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), no dia em que se assinala o Dia Mundial da Prevenção do Afogamento. Por isso, e porque a morte por afogamento é rápida e silenciosa, a associação pede um plano de ação nacional para a segurança na água, que passe pela articulação entre o poder local e central com as várias organizações, como a APSI, que têm conhecimento e experiência na segurança infantil.
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O objetivo, vinca Sandra Nascimento, é "dar visibilidade e assumir um compromisso de forma integrada com todos os setores" com responsabilidade nesta área, do turismo à saúde.
Ouça aqui as declarações de Sandra Nascimento à TSF
"Nos últimos anos, há alguns indícios de que a tendência de redução que se vinha constatando não é tão evidente e parece-nos, inclusivamente, que [a análise dos números] pode indiciar um aumento", afirma Sandra Nascimento. A responsável refere que, se em 2020, morreram 14 crianças e jovens na sequência de um afogamento, no triénio anterior, a média anual foi de sete mortes.
APSI pede um plano de ação que permita "dar visibilidade" e "assumir um compromisso de forma integrada"
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Todos os anos morrem afogadas mais de 230 mil pessoas em todo o mundo. De uma forma geral, analisa a responsável, os afogamentos ainda "estão bastante escondidos" e são "muito pouco conhecidos como um problema". "São um problema de saúde pública", realça, alertando que, em Portugal, o afogamento é a segunda causa de morte acidental entre as crianças e jovens, só ultrapassada pelos acidentes rodoviários.
O afogamento é, em Portugal, a segunda causa de morte acidental entre crianças e jovens
Entre 2002 e 2020 morreram em Portugal 274 crianças afogadas. Até ao dia 15 de setembro está no terreno a campanha da APSI em colaboração com a GNR, que vai ter em marcha várias ações de sensibilização.