Ambientalistas pedem cadastro de espécies sob pena de "extinção nos próximos anos"

Cadastro Nacional dos Valores Naturais Classificados está previsto há mais de uma década, mais ainda não foi criado. Ambientalistas dizem que é urgente agir, para proteger plantas e animais ameaçados.

A associação ambientalista Zero e a Sociedade Portuguesa de Botânica lançam, esta quarta-feira, um apelo ao Governo para que aplique o Cadastro Nacional dos Valores Naturais Classificados, uma ferramenta prevista em legislação de há quase 13 anos.

Entrevistado na TSF, Paulo Lucas, da associação Zero, explica que em causa está a criação de um "arquivo de informação sobre os valores naturais classificados e das espécies animais e vegetais que são consideradas ameaçadas de extinção".

"Na prática, significa que, com a publicação desta regulamentação, as espécies que estão ameaçadas de extinção passam a ter proteção legal - porque muitas, atualmente, não têm", esclarece.

O ambientalista refere que, com a entrada em vigor do Cadastro Nacional dos Valores Naturais Classificados, "quaisquer ameaças que possam cair sobre estas espécies no terreno ou a sua destruição" passarão a constituir-se como uma "infração ambiental", podendo "ser punidas".

A associação Zero considera que já não há desculpas para que o cadastro não avance e apela ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, para que o aprove urgentemente.

"Pedimos ao sr. ministro do Ambiente e da Ação Climática, neste dia, que se empenhe na criação deste cadastro o mais rapidamente possível. Temos a obrigação de atuar e o Estado tem de o fazer, sob pena de virmos a assistir à extinção de algumas espécies nos próximos anos", alerta Paulo Lucas.

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