Um grupo de manifestantes entrou em confrontos com a polícia e pelo menos duas pessoas foram identificadas pelas autoridades na manifestação pela habitação que decorreu este sábado em Lisboa.
O incidente ocorreu no Martim Moniz, na baixa lisboeta, tendo as autoridades de utilizar a força para dispersar os manifestantes que arremessavam pedras e garrafas de vidro.
De acordo com a Polícia de Segurança Pública, "durante o referido desfile, duas das manifestantes provocaram danos em diversos estabelecimentos comerciais, pintando as respetivas paredes e montras".
As duas foram abordadas pela polícia, num momento em que os elementos foram "cercados e atacados, através de agressões físicas, com contacto direto, do arremesso de pedras e de garrafas de vidro". Os agentes da PSP refugiaram-se dentro de um "supermercado ali existente, para se protegerem e protegerem as duas manifestantes abordadas".
"Outros manifestantes tentaram forçar a entrada no supermercado, pelo que foi necessário o uso da força e meios coercivos de baixa potencialidade letal, bem como mobilização de reforços policiais para conter as agressões em curso. Com a chegada dos reforços policiais os manifestantes foram afastados do supermercado, onde foi criado um perímetro de segurança", relatou a PSP em comunicado.
"Por se tratar de um crime semipúblico e não ter sido possível obter, em tempo útil, a queixa dos proprietários dos edifícios danificados, as duas autoras dos danos foram identificadas, não se tendo procedido à sua detenção", explica a polícia.
Derivado dos incidentes, "um dos polícias foi ferido na face, um outro polícia com diversas dores nos membros, atingidos por garrafas, e foram danificados dois motociclos e duas viaturas policiais".
De Lisboa a Braga, milhares de pessoas manifestam-se, este sábado, pelo direito à habitação, pedindo "uma casa para viver". Na capital, o protesto arranca na Alameda e termina no Martim Moniz, passando por várias ruas da cidade.
Notícia atualizada às 22h40