Parlamento debate "imigração e segurança" na próxima quarta-feira
A Assembleia da República vai realizar na próxima quarta-feira um debate de atualidade sobre "imigração e segurança", proposto pelo Chega na sequência do ataque no Centro Ismaelita, em Lisboa, que provocou duas vítimas mortais.
No final da conferência de líderes desta quarta-feira, a deputada socialista Maria da Luz Rosinha indicou que os deputados decidiram marcar para 5 de abril um debate de atualidade "sobre imigração e segurança", requerido pelo Chega.
Marcelo revela que atacante pode ter reagido à "intervenção de instituições quanto ao exercício do poder parental"
Questionado sobre o acompanhamento dado ao afegão autor do ataque, que é refugiado, Marcelo Rebelo de Sousa defende que, neste caso, "não podia ser mais atento esse acompanhamento".
"Se houve problema, foi por ser muito atento. Se houve reação pessoal, vamos ver se é essa a explicação, pessoal e familiar, é precisamente porque houve, da parte da comunidade, preocupação com aquela família, com enquadramento familiar e o comportamento", revelou.
Marcelo acrescenta ainda que "acontece com muitas famílias, em que há reações perante a intervenção de instituições quanto ao exercício do poder parental".
O cidadão afegão que levou a cabo o ataque tem três filhos menores a seu cargo e é viúvo.
"Genericamente, a sociedade portuguesa reagiu muito bem"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defende que "genericamente, a sociedade portuguesa reagiu muito bem" ao ataque ao centro ismaelita de Lisboa.
"Com bom senso, esta coisa de termos quase 900 anos quer dizer que já vimos de tudo", aponta Marcelo, incluindo "situações que são de facto graves", incluindo "felizmente pouco terrorismo, criminalidade mais grave ou menos grave e vivemos uma revolução com tudo o que podia ter, e não teve, de muito, muito sangrento".
Comunidade de Afegãos apela a não-discriminação de refugiados
A Associação da Comunidade de Afegãos em Portugal lembra que o ataque perpetrado por um refugiado de nacionalidade afegã é “um caso isolado”, como "existe em qualquer lado”.
“Somos um ser humano como qualquer outro”, destaca o presidente da Associação da Comunidade Afegã em Portugal, Omed Taeri, em declarações aos jornalistas, reforçando que este foi um caso único entre os mais de mil afegãos em Portugal.
Omed Taeri agradece o trabalho dos psicólogos portugueses no acompanhamento dos refugiados afegãos e nota que o trauma da guerra “não é desculpa para cometer qualquer tipo de crime”.
PS e BE chumbam audição do ministro da Administração Interna sobre ataque ao Centro Ismaili
O requerimento do Chega para a audição urgente do ministro da Administração Interna a propósito do ataque de terça-feira no Centro Ismaili, em Lisboa, foi esta quarta-feira chumbado com os votos contra do PS e do BE.
Na votação efetuada na sessão da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o requerimento apresentado na terça-feira, horas depois do ataque ocorrido, contou ainda com a abstenção do PAN e os votos favoráveis do Chega, PSD e Iniciativa Liberal.
Cidadão afegão suspeito da autoria do ataque foi transferido para o Curry Cabral
O autor suspeito do ataque ao Centro Ismaelita, em Lisboa, na terça-feira, foi transferido do Hospital São José para o Curry Cabral, sabe a TSF.
A transferência foi feita para que o homem de nacionalidade afegã consiga estar num quarto sozinho, evitando, assim, qualquer risco de segurança.
Comunidade afegã em Portugal pede pena máxima para autor do ataque a Centro Ismaelita
A Associação da Comunidade de Afegãos em Portugal pede que o autor do ataque no Centro Ismaelita, em Lisboa, seja condenado a pena máxima. O ataque aconteceu na terça-feira e foi perpetrado por um refugiado afegão. Em comunicado, a comunidade afegã lamenta e condena o ataque, no qual morreram duas pessoas e uma ficou ferida.
Segurança reforçada
A PSP reforçou segurança no Centro Ismaelita, principalmente quando decorrem atividades, confirmou esta polícia à TSF.
O centro está com atividade reduzida por decisão dos órgãos de gestão.
Ministério Público abre inquérito ao ataque no Centro Ismaelita
O Ministério Público (MP) abriu um inquérito ao ataque ocorrido no Centro Ismaelita, em Lisboa, na terça-feira, do qual resultaram dois mortos, segundo uma nota publicada no site da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A investigação está a cargo da Polícia Judiciária, sob a orientação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do MP, encontrando-se sujeita a segredo de justiça.
Crianças filhas de atacante acolhidas em instituição
Os três filhos do atacante vão ser acolhidos por uma instituição onde vão continuar em contacto com a comunidade e a frequentar o Centro Ismaili, mantendo as rotinas escolares, adiantou fonte da comunidade ismaelita à TSF.
Os menores foram esta terça-feira acompanhadas por pessoas que as conhecem, por equipa de psicólogos e pela segurança social.
Esta é uma solução provisória, aponta a mesma fonte. A decisão definitiva será tomada mais tarde.
Ministra da Justiça manifesta pesar por vítimas do ataque
A ministra da Justiça garante que a Polícia Judiciária está a investigar o ataque ocorrido no Centro Ismaelita. No Parlamento, Catarina Sarmento e Castro deixou uma palavra de pesar pelas duas vítimas mortais.
"Lamento com profunda tristeza e pesar os trágicos acontecimentos ocorridos ontem no Centro Ismaelita de Lisboa, expressando a minha solidariedade para com as famílias das vítimas e para com a comunidade ismaelita."
Catarina Sarmento e Castro elogiou ainda "a célere atuação" da PSP, que está agora "a trabalhar para rapidamente esclarecer os contornos do caso".
PJ descarta terrorismo
Luís Neves descarta que o ataque desta terça-feira no Centro Ismaelita tenha tido motivações religiosas.
“Esse sinal está praticamente afastado”, afirmou o diretor da PJ, conclusão sustentada por "dezenas de diligências" levadas a cabo “ininterruptamente” pelas autoridades.
O homicídio de duas mulheres e tentativa de homicídio de uma terceira vítima são “crimes graves", mas de “natureza comum”, não de “natureza terrorista”.
A confirmar-se, se o ataque tivesse motivações terroristas "mudava tudo", desde a organização da segurança interna ao grau de ameaça, até a medidas de cooperação policial internacional.
Mapa da vida do atacante exclui radicalização
Desde o ataque, e ao longo de toda a madrugada, a PJ “mapeou a vida” do atacante, desde o seu país de origem, passando pelo período que esteve na Grécia e da vida já em Portugal (desde 2021) e "de tudo aquilo que foi recolhido não há um mínimo indício, um único sinal, que permite afirmar que estamos perante radicalização religiosa".
A investigação, levada a cabo com cooperação policial internacional, mostra que o “modus vivendi" do atacante "estava ocidentalizado” e os filhos estavam numa escola comum, acrescenta Luís Neves.
A PJ também já interrogou o autor do ataque e as declarações sustentam esta tese.
Tudo indica que os crimes tenham ocorrido na sequência de "um surto psicótico".
PJ ainda não fez buscas à casa
A PJ está agora à espera que seja emitido um mandado judicial para levar a cabo buscas na casa do atacante.
Espera-se que o homem seja ouvido por um juiz quando tiver alta, nos próximos dez a quinze dias.
PSP reagiu com eficácia
O diretor da Polícia Judiciária (PJ) Luís Neves, dirigiu esta manhã uma palavra de apreço à PSP, destacando o “enorme orgulho pelo trabalho que desenvolveram e eficácia com que atuaram”, conseguindo inviabilizar o ataque e evitar outros crimes.
Centro Ismaelita em Lisboa reabre apenas para funcionários
Depois do forte dispositivo policial que esteve, na terça-feira, no Centro Ismaelita, em Lisboa, após um homem ter provocado a morte a duas mulheres, esta manhã há um aparente regresso à normalidade.
O repórter da TSF Rúben de Matos deslocou-se ao local e verificou que já não há presença de polícia, tendo o dispositivo policial desmobilizado assim que os corpos das duas vítimas mortais foram retirados.
De acordo com as informações avançadas à TSF por um dos seguranças do Centro Ismaelita, a instituição está "semi aberta", isto é, fechado para alunos, mas aberto para os funcionários, que serão ouvidos pelas autoridades esta quarta-feira.
"Problemas mentais gravíssimos." Psicóloga familiar de vítima ismaili diz que incidentes "vão continuar"
Faranaz Keshavjee, psicólogo especialista em trauma, garante que já falou com "algumas pessoas importantes" do país para encontrar soluções de acompanhamento a quem chega com "feridas abertas".
MAI disponível para ir à AR falar sobre ataque no Centro Ismaelita ou outros temas
O ministro da Administração Interna (MAI) manifestou esta terça-feira disponibilidade para ser ouvido no parlamento sobre o ataque ocorrido no Centro Ismaili de Lisboa ou outras matérias de segurança se a Assembleia da República assim o entender.
José Luís Carneiro expressou a disponibilidade de comparecer no Parlamento ao ser confrontado com as críticas feitas pelo presidente do Chega e com o facto de André Ventura ter requerido a presença do ministro da Administração Interna no parlamento e proposto ainda um debate sobre política de imigração.
Professor ferido deve ter alta hoje. Suspeito foi operado durante três horas e está estabilizado
O professor que ficou ferido no ataque ao Centro Ismaelita em Lisboa deve ter alta ainda esta terça-feira.
O ferido recebeu tratamento no Hospital de Santa Maria, mas deve deixar o estabelecimento nesta terça-feira, adiantou fonte da unidade hospitalar.
Já o suspeito de ter cometido o crime foi operado durante três horas no Hospital de São José e o boletim clínico indica que está estabilizado.
Adesão de refugiados ao acompanhamento psicológico em Portugal é facultativa
Coordenador da plataforma de apoio a refugiados assinala que "ninguém pode obrigar outra pessoa a sentar-se no gabinete de apoio psicológico".
Professor atacado deu "o primeiro alerta para o que se estava a passar"
Faizal Ali explica que foi o professor do cidadão afegão, atacado no interior da sala de aula e ferido gravemente, quem deu o "primeiro alerta para o que se estava a passar" no centro ismaelita de Lisboa.
"Infelizmente este ataque provocou a morte a duas pessoas da nossa comunidade que muito estimávamos", explicou.
A comunidade "está de luto e em choque" e apresenta "as mais sentidas condolências aos familiares das vítimas, agradecendo também a "prontidão e eficácia" das autoridades.
"A comunidade muçulmana ismaili está também emocionada pelas centenas de mensagens solidárias que têm chegado dos mais altos responsáveis políticos portugueses, órgãos de soberania e de toda a sociedade civil".
Confia no "cabal esclarecimento" do que se passou e está a cooperar com as autoridades.
"Tudo leva a crer que é um ato isolado, com motivações pessoais. É injusto generalizar"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu esta terça-feira que o ataque que levou à morte de duas pessoas no Centro Ismaelita em Lisboa "é claramente isolado" e que é "injusto" e "precipitado" fazer generalizações.
"É claro que é um ato isolado e com motivações psicologicamente isoladas", disse à saída do local onde foi cometido o crime, e, sendo assim, Marcelo pede que "a sociedade compreenda que um ato isolado tal como aparece neste momento, não é possível retirar generalizações", porque é "injusto". O Presidente da República reiterou várias vezes essa mesma ideia.
Presidente da República está no centro ismaelita
Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao centro ismaelita de Lisboa e já se deslocou para o interior das instalações.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, está também no local, tendo chegado mais cedo.
"Problemas mentais gravíssimos." Psicóloga familiar de vítima ismaili diz que incidentes "vão continuar"
Faranaz Keshavjee, psicólogo especialista em trauma, garante que já falou com "algumas pessoas importantes" do país para encontrar soluções de acompanhamento a quem chega com "feridas abertas".
Chega chama MAI ao Parlamento e agenda debate
O líder do Chega, André Ventura, revela que o partido chamou ao Parlamento o ministro da Administração Interna para o ouvir sobre o ataque ao centro ismaelita de Lisboa.
O partido vai ainda "agendar um debate com urgência, no Parlamento, sobre imigração, segurança e terrorismo".
Montenegro pede investigação rápida e medidas para evitar "criminalidade violenta" que "tem aumentado"
O presidente do PSD, Luís Montenegro, recebeu com "consternação" e "choque" a notícia do ataque no Centro Ismaelita em Lisboa que matou duas pessoas esta terça-feira e espera que a investigação ao incidente seja célere.
"Espero que as autoridades de investigação sejam rápidas no apuramento cabal de todos os contornos que envolveram esta situação, de modo a podermos tranquilizar o povo português, no que diz respeito à nossa segurança e a afastar eventuais cenários de uma criminalidade mais violenta e que possa ter algum contacto com qualquer atividade terrorista. Espero que não seja o caso. Não tenho elementos para dizer mais do que isto", disse o presidente do PSD na Suíça em declarações à RTP, pedindo "uma punição exemplar".
Observatório de Segurança Interna garante que não havia "sinais de alarme" no Centro Ismaelita
O presidente do Observatório de Segurança Interna (OSI), Hugo Costeira, garante que não havia qualquer sinal de perigo.
"Não entendo que houvessem sinais de alarme. É uma comunidade perfeitamente inserida, independentemente de ter aqui uma ligação religiosa ao Islão. Não me parece que fosse uma comunidade que estivesse em perigo, não faz sentido olharmos para esta situação por esse prisma para já, pelo menos. Não conhecemos as motivações do suspeito e agora isto é uma competência exclusiva da Polícia Judiciária. A investigação deve seguir o seu curso para que possam apurar exatamente quais eram essas motivações, que vão definir mais qualquer coisa, ou não, aos crimes de homicídio já consumados", revelou à TSF Hugo Costeira.
*com Cátia Carmo
"Relativamente jovem", pai e viúvo. O que se sabe sobre o homem que atacou o centro ismaelita em Lisboa?
"Relativamente jovem", pai de três filhos menores e viúvo depois de a mulher ter morrido "em circunstâncias difíceis" num campo de refugiados na Grécia. Assim é o homem que atacou, com uma faca, na manhã desta terça-feira, o centro ismaelita de Lisboa, matando duas mulheres e deixou uma terceira pessoa gravemente ferida.
A TSF apurou também, junto de fonte policial, que o atacante sofre de problemas psiquiátricos.
"Não tinha qualquer sinalização que justificasse cuidados de segurança"
José Luís Carneiro revelou que o suspeito do ataque se trata de um cidadão com "uma vida bastante tranquila, que beneficiava do apoio da comunidade ismaelita para a aprendizagem de línguas, cuidado alimentar e cuidado dos filhos menores.
"Estavam todos em profunda consternação pelo facto de se tratar de um cidadão com fácil relação com todos os que viviam nesta comunidade. Não tinham perspetivas de que isto pudesse acontecer", contou.
O homem não tinha também "qualquer sinalização que justificasse cuidados de segurança". Por isso, resta ao Governo aguardar para que as autoridades apurem as causas que motivaram o ataque.
"Há uma unidade que acompanha estas matérias no âmbito do sistema de segurança interna. As forças e serviços policiais acompanham com todo o rigor e profundidade o que se passou. Houve o cuidado imediato de garantir perímetros de segurança que foram instalados para garantir a proteção dos elementos indiciários e de prova, para que a PJ possa prosseguir as suas investigações. Vamos agaurdar, mas deve evitar-se análises precipitadas. Estes momentos exigem, pela sensibilidade, uma grande serenidade e discernimento na forma como se observam e analisam os factos", afirmou José Luís Carneiro.
Questionado sobre se o ataque pode tratar-se de um conflito entre sunitas e xiitas, como disse o presidente do Observatório de Segurança Interna, o ministro recusou pronunciar-se "sobre considerações desta natureza".
"Portugal sempre foi um país aberto e compreensivo ao mundo", rematou.
Centro ismaelita de Lisboa foi alvo de ataque. Que comunidade é esta?
Com 12 a 15 milhões de membros em todo o mundo, a comunidade ismaelita insere-se no ramo Xiita do Islão e está representada em 25 países, segundo uma tradição que conta já com 1400 anos. Em Portugal tem oito mil membros
Tal como o restante Islão, acreditam em Deus e que o seu mensageiro é Maomé. Mas, "de acordo com a doutrina Xiita, onde a Comunidade Ismaili se insere, o profeta Maomé designou o seu primo e genro Ali, como o Imam da Comunidade Muçulmana, estabelecendo assim a instituição do Imamat, a quem conferem a autoridade de liderar a comunidade em assuntos espirituais e seculares", lê-se num retrato da comunidade divulgado pela própria estrutura.
Refugiado com três filhos menores. MAI revela novos pormenores sobre suspeito do ataque
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, revelou que o suspeito do ataque se trata de um homem "relativamente jovem", com três filhos menores, que foi recolocado em Portugal e tinha estatuto de proteção internacional.
"Trata-se de um homem relativamente jovem, com 3 filhos menores - nove, sete e quatro anos - que foi vítima também do falecimento da sua mulher na Grécia, em circunstâncias difíceis, num campo de refugiados que foi recolocado em Portugal ao abrigo da cooperação europeia e tratava-se de um cidadão beneficiário do estatuto de proteção internacional", revelou.
"Há um outro cidadão ferido gravemente"
O ministro da Administração Interna confirmou que as duas mulheres que morreram tratavam o suspeito no centro de apoio da comunidade ismaelita e referiu mais um "cidadão ferido gravemente".
"Tudo leva a crer tratar-se de um ato isolado"
Após transmitir uma mensagem de solidariedade à comunidade ismaelita, José Luís Carneiro desejou que seja "feita justiça" pelo "ato tão trágico", deixou uma mensagem de reconhecimento à PSP que, "em poucos minutos, mostrou o nível de operacionalidade das forças de segurança" e sublinhou que todos os sinais apontam para um ato isolado.
"Contudo as circunstâncias e as motivações estão agora a ser objeto de investigação por parte da PJ. É um ato repudiamos veementemente", sublinhou o ministro.
Atacante é afegão e sofre de problemas psiquiátricos. O que já se sabe sobre o ataque no Centro Ismaelita
Duas pessoas morreram e várias outras ficaram feridas, esta terça-feira, num ataque ao Centro Ismaelita, em Lisboa. A confirmação foi dada pela Polícia de Segurança Pública (PSP).
As vítimas mortais são duas mulheres de nacionalidade portuguesa, que tinham entre 20 e 40 anos, apurou a TSF. O atacante é um refugiado de nacionalidade afegã, segundo Nazim Ahmad, representante do Imamat Ismaili em Lisboa. O suspeito sofre de problemas psiquiátricos, indicou à TSF fonte policial.
Autor do ataque tem problemas psiquiátricos
A TSF confirmou, junto de fonte policial, que o autor do ataque sofre de problemas psiquiátricos.
Atingido pela PSP, está no hospital São José, em Lisboa.
PAN fala em "ato isolado" no Centro Ismaelita, mas lembra importância de "sociedade tolerante"
A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) referiu esta terça-feira que o ataque no Centro Ismaelita em Lisboa parece ser "um ato isolado", mas salientou a importância de uma "sociedade tolerante, de respeito pelo próximo".
Numa mensagem em vídeo enviada à imprensa, Inês Sousa Real começou por expressar solidariedade às famílias das duas vítimas mortais deste ataque ocorrido em Lisboa, "bem como à comunidade ismaelita".
Chega saúda atuação da polícia no Centro Ismaelita de Lisboa
O presidente do Chega saudou esta terça-feira a atuação da polícia na sequência do ataque no Centro Ismaelita de Lisboa que provocou dois mortos e defendeu que é necessário prudência por ainda não serem conhecidas as motivações do suspeito.
"Acho que era importante saudar o esforço que a polícia fez e a atuação que a polícia teve que, aparentemente, e segundo a informação que temos, foi rápida, foi eficaz, conseguiu neutralizar o perigo", afirmou.
Autor do ataque é "refugiado afegão"
O representante diplomático do Imamat Ismaili, Nazim Ahmad, indicou em declarações à SIC Notícias que o autor do ataque é um "refugiado afegão".
As vítimas mortais são "duas portuguesas, talvez até membros da comunidade", mas por não estar no local, não conseguiu adiantar mais informações.
"Chocado" com ataque, sheik David Munir admite repensar segurança da Mesquita de Lisboa
O sheik David Munir, imã da Mesquita Central de Lisboa, ficou chocado com a notícia do ataque ao Centro Ismaelita, que considera ser um ato terrorista.
Santos Silva lamenta "ataque vil" que vitimou duas mulheres portuguesas em Centro Ismaelita em Lisboa
Com "grande consternação", Augusto Santos Silva fala num "ataque vil" que vitimou duas mulheres portuguesas. Em direto na TSF, o presidente da Assembleia da República endereçou "as mais sentidas condolências às famílias" das duas vítimas mortais, adiantando que as autoridades estão agora a investigar "os contornos e a dimensão" do ataque.
Questionado sobre se é possível falar em atentado terrorista, Santos Silva refere que Portugal tem "autoridades muito bem treinadas". "Vamos esperar pela caracterização [por parte] das autoridades", afirmou.
As vítimas mortais são duas mulheres portuguesas
Ouça aqui a reportagem do jornalista Tiago Santos, em direto do local.
Ataque a Centro Ismaelita. "Portugal tem obrigação de manter a segurança das instituições internacionais"
O presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), Jorge Bacelar Gouveia, lembrou que Portugal tem relações diplomáticas com a comunidade ismaelita.
Marcelo condena "ato criminoso" em Centro Ismaelita em Lisboa
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condenou o "ato criminoso" no Centro Ismaelita, em Lisboa.
O chefe de Estado já apresentou ao representante do Imamat Ismaili em Lisboa, Nazim Ahmad, os "sinceros pêsames", "solicitando que os transmitisse também ao Príncipe Aga Kahn e às famílias das vítimas".
"O Presidente da República, que tem acompanhado permanentemente a situação, em contacto com o Governo, sublinha, por um lado, o facto de estarem a decorrer as investigações destinadas a apurar o sucedido, e, por outro, que, tal como declarado pelo primeiro-ministro, as primeiras indicações apontam para um ato isolado", pode ler numa nota publicada no site oficial da Presidência.
Armado com "faca de grandes dimensões". PSP neutralizou suspeito de ataque a Centro Ismaelita em Lisboa
Pelo menos duas pessoas morreram e várias pessoas ficaram feridas, esta terça-feira, num ataque ao Centro Ismaelita, em Lisboa. Em comunicado enviado à TSF, a PSP indica que à chegada dos polícias o homem "estava armado com uma faca de grandes dimensões".
"Foram dadas ordens ao atacante para que cessasse o ataque, ao que o mesmo desobedeceu, avançando na direção dos polícias, com a faca na mão. Face à ameaça grave e em execução, os polícias efetuaram recurso efetivo a arma de fogo contra pessoa, atingindo e neutralizando o agressor", pode ler-se na nota.
Ouça o direto do jornalista Tiago Santos no Centro Ismaelita, em Lisboa, local do ataque.
Comunidade Ismaili apresenta "as mais profundas condolências" às famílias das vítimas
Em comunicado, o presidente do Conselho Nacional da Comunidade Muçulmana Ismaili, Rahim Firozali, apresenta "as mais profundas condolências" aos familiares das vítimas do ataque desta manhã ao Centro Ismaelita em Lisboa.
Por volta das 11h30, "um homem armado com um objeto cortante entrou nas instalações do Centro Ismaili de Lisboa onde decorriam aulas e outras atividades que ali têm lugar normalmente".
"O homem armado atacou três pessoas que se encontravam nas instalações do Centro Ismaili atingindo duas delas mortalmente e ferindo uma terceira. A polícia e o INEM foram chamados de imediato ao local e o atacante acabou por ser retirado do interior do Centro, estando nesta altura a decorrer as normais investigações por parte das autoridades policiais", pode ler-se na nota.
Para já, não são conhecidas as motivações do atacante. Rahim Firozali afirma que "a comunidade muçulmana ismaili está já a prestar todo o apoio aos familiares das vítimas".
Ataque a centro Ismaili em Lisboa faz dois mortos
Duas pessoas morreram, esta terça-feira, num ataque ao Centro Ismaili, em Lisboa, confirmou a TSF junto de fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP).
O suspeito foi detido e a situação já está controlada, garante a PSP.
Ato terrorista? "Esse tipo de classificação é prematura"
O primeiro-ministro, António Costa, expressou "solidariedade e pesar" com a comunidade ismaelita e famílias das vítimas, registando também a rápida intervenção da PSP e sublinhou que, para já, é prematuro classificar este ato como terrorista.
"Permitiu a detenção do suspeito que está, neste momento, no Hospital de Santa Maria a receber cuidados médicos. É prematuro fazer qualquer interpretação sobre as motivações deste ato criminoso, mas devemos aguardar com segurança que as autoridades procedam às necessárias investigações", explicou Costa.
Nazim Ahmad, representante diplomático do Imamat Ismaili, já deu uma explicação a Costa mas, para já, o primeiro-ministro prefere aguardar as investigações das autoridades.
"Qualquer que seja a motivação, são duas vidas que se perderam e isso é sempre trágico. É essa a solidariedade que queria expressar. Vamos aguardar serenamente. Tudo indica que foi um ato isolado, mas não nos vamos antecipar ao trabalho próprio das autoridades", acrescentou.