A direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) decidiu prolongar por mais dois meses a solução para as urgências de ginecologia e obstetrícia e para os blocos de parto. As maternidades vão assim continuar a funcionar de forma alternada nos meses de abril e maio. A decisão decorre de uma avaliação feita nos últimos três meses e, depois de várias conversas com as direções dos hospitais e diretores dos serviços.
Na deliberação a que a TSF teve acesso, a direção do SNS nota que a carência de médicos de ginecologia e obstetrícia deverá manter-se pelo menos no curto prazo e sublinha que a continuação do atual modelo, com os serviços a funcionarem alternadamente durante o período noturno, fins de semana e feriados é uma decisão ponderada, "prudente e cautelosa".
"A situação atual de vulnerabilidade dos serviços de Ginecologia/Obstetrícia, mais acentuada na área do Ribatejo e Oeste da Região de Lisboa e Vale do Tejo, na Península de Setúbal, e em todo o interior do país, obriga à tomada de decisões ponderadas, que assegurem uma resposta sustentada, com coesão territorial, mas nunca abdicando de elevados critérios de segurança, mantendo os padrões de qualidade que nos conduziram a ser um dos países, a nível mundial, com melhores indicadores ao nível da resposta materno-infantil", pode ler-se no comunicado da direção executiva do SNS.
O objetivo é dar uma "resposta sustentada", sem nunca abdicar de elevados critérios de segurança.