- Comentar
"O mundo e a Igreja que futuro?" é o título do novo livro de Anselmo Borges, editado pela Gradiva, já em 2.ª edição. Em 479 páginas, o teólogo, professor de filosofia e diplomado em Ciências Sociais, em Paris, além das crónicas que publica, semanalmente, no Diário de Notícias, debruça-se, neste livro, sobre temas de fronteira da Igreja Católica. Refletindo sobre áreas não comummente abordadas, A. Borges surpreende o leitor pela ousadia e defesa de posições, não aceites por uma vasta maioria de crentes católicos.
Anselmo Borges, já no final do livro, entrega-se ao que diz ser essencial: nem Jesus nem os apóstolos ordenaram sacerdotes. Esta é a tese mais controversa deste livro que Anselmo Borges pretende que não seja o último.
Ouça a entrevista, que teve tratamento técnico de Joaquim Pedro, aqui.
Em quatro longas partes, o autor, padre da Sociedade Missionária Portuguesa, doutor em filosofia pela Universidade de Coimbra e licenciado em teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, alinha a atualidade religiosa contra o achismo, defendendo que é necessário um tempo para pensar. Na segunda parte, trata o sofrimento, a morte e Deus, em tempo de pandemia. Na terceira parte, apresenta Francisco: um cristão reformador, nas suas diferentes faces de papa jesuíta e franciscano. Por fim, a mais crítica reflexão sobre uma Igreja outra, aborda, entre outros temas, a eucaristia e o sacerdócio, as mulheres na Igreja, a sexualidade, o celibato obrigatório, os abusos sexuais e o fim do cristianismo na Europa.
De registo, ainda, o prefácio de Maria de Belém Roseira, antiga ministra da saúde e o posfácio de Paulo Rangel, deputado no Parlamento Europeu.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias

Manuel Vilas Boas e Anselmo Borges
© TSF