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"O país quer paz e precisa de paz." É assim que o porta-voz da ANTRAM, André Matias de Almeida, comenta os mais recentes desenvolvimentos na disputa entre motoristas, patrões e Governo que antecede a greve da próxima semana.
"As pessoas trabalham todo o ano, não têm mais paciência para este conflito, não têm paciência para ouvir o representante deste sindicato com a mesma história", acusando o vice-presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) de "não ter razão" e até mesmo de "mentir em relação ao conteúdo de documentos".
O porta-voz da ANTRAM defende que a marcação de uma conferência de imprensa para as 20h00, "horário nobre de informação para rádio e televisão" por parte de Pedro Pardal Henriques "mais não foi - como ficou provado pelo conteúdo da mesma - do que um ato de campanha partidária de um candidato a deputado".

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André Matias de Almeida acusa o vice-presidente do SNMMP de querer fazer carreira política "à boleia" de um sindicato e "à custa de trabalhadores".
"É lamentável aquilo a que Pedro Pardal Henriques se prestou mais uma vez", remata.
Porta-voz da ANTRAM diz que Pedro Pardal Henriques se move segunda uma agenda política.
Feitas as críticas ao porta-voz, André Matias de Almeida vira-se para os motoristas, apelando a que "analisem os documentos, tenham vontade de perguntar ao seu representante porque é que ocultou o protocolo de 17 de maio no último congresso, onde anunciaram o pré-aviso de greve, e que explique porque é que esse documento é absolutamente contrário a tudo o que disse".

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O porta-voz da ANTRAM pede ainda aos motoristas que reflitam sobre porque é que a ANTRAM continua a negociar a bem com a Fectrans, até porque "não consta no país que a Fectrans faça fretes a empregadores, muito pelo contrário".
O apelo da ANTRAM aos motoristas.
Sobre o plenário do SNMMP, que decorre às 15h do próximo sábado, André Matias de Almeida expressa o desejo de que os motoristas deliberem que "se Pedro Pardal Henriques não for capaz de explicar porque é que ocultou os documentos, se demita, peça desculpa ao país, desconvoquem a greve e que regressem à mesa de negociações".
Aliás, se o SNMMP regressar à mesa de negociações, a ANTRAM garante que negociarão "olhos nos olhos e não de baixo para cima".