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O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) tinha convidado outros setores da sociedade a participar nos protestos do pessoal docente e não docente, entre eles os polícias. Ouvido pela TSF, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Santos, adianta que a ASPP não vai participar na marcha, mas está totalmente solidária com a luta dos professores.
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"A ASPP demonstra total solidariedade para com a luta dos professores. Relativamente à nossa participação na manifestação, não tivemos qualquer contacto formal, não conhecemos os organizadores em termos de convites ou de contacto formal, não fizemos uma discussão interna na ASPP relativamente à eventual participação no dia de hoje, por isso, não houve condições reais para podermos aferir essa possibilidade e a nossa presença. No futuro, esperamos, conjuntamente com outras classes profissionais da administração pública, estar na rua e a lutar pelos direitos dos funcionários públicos e de todos os trabalhadores", afirma à TSF Paulo Santos.
Ouça as declarações de Paulo Santos à TSF
Professores e pessoal não docente manifestam-se este sábado em Lisboa, num protesto organizado pelo STOP para exigir melhores condições de trabalho e salariais e contra os serviços mínimos nas escolas.
Esta é a terceira marcha promovida pelo STOP desde dezembro, que tem exigido medidas como um aumento salarial de 120 euros para todos os profissionais da educação, ou seja, professores e pessoal não docente.
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O STOP é também contra a proposta do novo modelo de recrutamento e colocação de professores que está a ser negociado com a tutela e exige a recuperação dos mais de seis anos de contagem de tempo de trabalho que esteve congelado durante a Troika, reivindicações que são partilhadas pelos outros sindicatos do setor.
O fim das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões é outra das exigências dos professores, à qual se juntam os pedidos de aumentos salariais e melhores condições de trabalho para o pessoal não docente.
Hoje, os manifestantes vão também protestar contra a definição anunciada na sexta-feira de serviços mínimos nas escolas que visam garantir, por exemplo, refeições aos alunos ou a permanência das crianças com necessidades especiais educativas.
O Tribunal Arbitral decidiu fixar serviços mínimos, a pedido do Governo, para a greve por tempo indeterminado de professores e não docentes, que se prolonga desde dezembro. Em comunicado, o Ministério da Educação justifica o pedido de definição de serviços mínimos com a "duração e imprevisibilidade das greves decretadas pelo STOP e consequências acumuladas para os alunos, no que concerne a sua proteção, alimentação e apoio em contextos de vulnerabilidade".