Ataque no centro ismaelita. Houve "aproveitamento político para passar uma mensagem antigoverno"

Faranaze Keshavjee, membro da comunidade ismaili, investigadora e especialista em assuntos islâmicos, acredita que a retórica xenófoba ofende todos e recorda que Portugal tem 800 anos de presença do Islão.

Questionada sobre se houve um aproveitamento político e partidário por parte do Chega no caso do ataque ao centro ismaelita de Lisboa por parte de um cidadão afegão, Faranaze Keshavjee diz que "toda a gente se sente ofendida, principalmente os muçulmanos".

"Daquilo que tenho percebido, há uma indignação profunda, até mesmo na classe jornalística, do aproveitamento político para fazer passar uma mensagem antigoverno, mas polarizando e politizando todas as questões numa retórica xenófoba e discriminatória", afirmou Faranaze Keshavjee na entrevista Em Alta Voz, à TSF e ao Diário de Notícias.

Para a investigadora e especialista em assuntos islâmicos, esta retórica "xenófoba e discriminatória" não ajuda "em nada a uma sociedade que traz na sua génese séculos de presença islâmica".

"Se olharmos uns para os outros, temos características fisionómicas que nos aproximam muito, mais do que nos separam. Há aqui uma história de vários séculos de presença do Islão em Portugal que não podemos deixar de considerar e somos profundamente portugueses com todas estas heranças. Falar contra isto é falar contra si próprio. Lamento, mas ele está a falar contra ele próprio", considerou.

LEIA AQUI A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA

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