Botão de pânico não chega. APAV apela a acompanhamento diário de vítimas de violência doméstica

Muitas vítimas acabam por ficar "isoladas" depois de o agressor ter sido condenado a usar uma pulseira eletrónica.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) defende o acompanhamento diário das mulheres vítimas de violência doméstica que já estão referenciadas pelas autoridades.

Esta quarta-feira uma mulher de 43 anos foi morta à facada pelo ex-marido, em Gondomar, apesar de ele estar proibido de contactar a vítima e desta ter um botão de pânico.

Ouvido pela TSF, Daniel Cotrim, responsável pela área da violência doméstica da APAV, salienta que não chega atribuir um botão de pânico às vítimas ou uma pulseira eletrónica aos agressores, é necessário um policiamento de proximidade e acompanhamento por parte das autoridades.

Além disso, aponta, as vítimas devem estar bem informadas sobre como funcionam estes mecanismos e ter presente que "o mecanismo de proteção de denúncia de queixa continua a funcionar".

O responsável da APAV defende mesmo uma revisão diária do plano de segurança das vítimas.

"É preciso, para além de avaliar o grau de risco, rever, de uma forma muito clara e quase quotidianamente, o próprio plano de segurança das vítimas. Ou seja, não podemos deixar as vítimas, pelo facto de terem um mecanismo de proteção, isoladas. E é isto que continua a possivelmente a acontecer."

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