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O antigo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, acusa o Governo de ter uma atitude "obstinada" e "teimosa" e defende uma redefinição da matriz de risco perante a evolução da pandemia.
Em entrevista à TSF, Adalberto Campos Fernandes sublinha que há uma "uma obstinação que contraria a posição de grande parte das pessoas que estudam o setor e especialistas da área em nós insistirmos - não sei se por um critério outro que não seja a teimosia - em prejudicar a economia e prejudicar o desenvolvimento e a manutenção dos postos de trabalho".
Por isso, o antigo governante pede que a matriz de risco seja redesenhada: "O próprio gabinete de crise da Ordem dos Médicos tem-no dito. Qualquer cidadão que não seja especialista na matéria compreende que os dados de hoje e o contexto de hoje é fortemente influenciado pela existência de vacinação e de doentes recuperados. Nós continuamos a olhar com preocupação para a evolução dos números, mas é pouco relevado, até do ponto de vista mediático, a circunstância feliz e boa de que nós com a vacinação dos grupos mais vulneráveis demos um grande contributo para reduzir a morbilidade e a mortalidade", sustenta.
Adalberto Campos Fernandes é também crítico em relação à medida de recolher obrigatório, sublinhando que tal pode pôr em causa o estado de direito.
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