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A Physalia physalis, mais conhecida como caravela-portuguesa, tem sido avistada em várias praias da costa de Portugal continental, bem como nos Açores.
O alerta é feito pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que apresenta a listagem das praias onde se regista esta ocorrência: a praia d'El Rey, em Óbidos, ao largo dos Farilhões, nas Berlengas, nas praias da Ursa e do Magoito, em Sintra, na praia do Guincho, em Lisboa, na praia da Amoreira, em Aljezur, e na praia das Milícias, em São Miguel, nos Açores.
O IPMA esclarece que a deteção desta espécie na costa portuguesa tem-se tornado mais frequente. Nos últimos dois anos, a caravela-portuguesa foi encontrada durante o outono e o inverno, mas os dados mostram que a "abundância da espécie poderá aumentar nas próximas semanas e meses".
Como reconhecer a espécie?
A caravela-portuguesa possui um "flutuador" em formato de "balão", de cor azul ou rosada. Tem longos tentáculos que podem atingir os 30 metros. A deteção desta espécie exige, por parte de um indivíduo, cautela, visto que as caravelas-portuguesas podem fazer graves queimaduras.
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Têm sido avistadas outras espécies, como a Velella velella, que tem um aspeto semelhante, mas não representa perigo para a saúde humana. No caso da Velella, o flutuador tem forma de uma vela triangular.
Cuidados a ter
O GelAvista, que recolhe dados desta espécie e monitoriza desde 2016 com a ajuda dos cidadãos, os organismos gelatinosos que ocorrem em águas portuguesas, aconselha a que se evite tocar na caravela-portuguesa, mesmo que esta aparente estar morta, por ter um aspeto seco já na praia.
"Em caso de queimadura por contacto com esta espécie, devem ser aplicadas compressas quentes (40°C), durante cerca de 20 minutos, ou vinagre", adverte ainda o GelAvista.