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As conclusões de um estudo às águas de cinco estações de esgotos nos grandes centros urbanos e efluentes de três grandes hospitais são publicadas esta quarta-feira. Três meses depois do arranque da investigação, já as Águas de Portugal garantiam ter conseguido resultados fiáveis.
O projeto monitorizou as águas residuais de 20% da população portuguesa. Além das ETAR, localizadas em Lisboa, Cascais, Vila Nova de Gaia e Guimarães, os investigadores estudaram também a circulação do vírus nas redes de drenagem dos efluentes do hospital Curry Cabral, em Lisboa, do hospital Eduardo Santos Silva, em Vila Nova de Gaia, e do hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães.
Foi concluído que o tratamento das águas será suficiente para eliminar o vírus.
Ouça a explicação do jornalista Rui Polónio
Já os cientistas da Universidade de Lisboa cruzaram ainda as cargas virais detetadas em cada uma das ETAR com o número de doentes hospitalizados na unidade de saúde respetiva. As Águas de Portugal sublinham que os resultados deste projeto serão úteis para a vigilância epidemiológica e contribuem para a implementação de medidas preventivas.
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Desde abril de 2020, os investigadores procuraram vestígios do coronavírus nas águas residuais de Lisboa e Porto. Coordenado pela Águas de Portugal, o projeto de investigação COVIDETECT quer criar um sistema que possa alertar previamente as autoridades de saúde para um possível aumento do número de infetados. O projeto conta ainda com a colaboração da Faculdade de Ciências e do Laboratório de Análises do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa. O COVIDETECT faz parte de um estudo da Comissão Europeia que envolve 17 países.

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