Centro de Acolhimento Temporário de crianças de Viseu encerra portas

Os 17 menores vão ficar agora a viver noutras instituições sociais de Viseu e de Lamego e com três famílias de acolhimento.

O Centro de Acolhimento Temporário (CAT) de Viseu vai fechar, atirando para o desemprego neste final de ano 18 pessoas.

Na passada segunda-feira começaram a sair as primeiras crianças. Esta quarta-feira deve ficar concluído o processo de retiradas dos 17 menores que viviam na instituição depois de terem sido retirados aos pais por maus-tratos.

As crianças vão ficar agora a viver noutras instituições sociais de Viseu e de Lamego e com três famílias de acolhimento.

A Santa Casa da Misericórdia viseense decidiu romper o acordo que tinha com o Estado no verão, alegando um prejuízo de 700 mil euros nos últimos cinco anos. A Segurança Social e a instituição ainda estiveram envolvidas em negociações, que não chegaram a bom porto.

O Estado até se comprometia a pagar mais por cada criança, mas não queria que o CAT tivesse mais do que 15 vagas. A Santa Casa não abdicou dos 22 lugares. Sem acordo, e depois do Natal, a Segurança Social começou a espalhar os menores.

O provedor da Misericórdia de Viseu, Adelino Costa, lamenta que o "superior interesse da criança tenha sido ultrapassado pelo superior interesse económico-financeiro".

O fecho do CAT, a funcionar há cerca de 30 anos, vai levar ao despedimento das 18 funcionárias da valência, que chegam ao final do ano sem trabalho.

Esta quarta-feira, junto à valência, vai haver uma concentração das trabalhadoras despedidas.

A ação de protesto foi convocada pelo Sindicato de Hotelaria e Similares do Centro, que defende que as 18 mulheres podiam ser integradas noutras respostas sociais da Misericórdia de Viseu. O provedor da instituição garante não ter condições para as deslocar para outras unidades.

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