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O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou esta quinta-feira que os centros de vacinação vão abrir durante este fim de semana em modalidade "Casa Aberta" para maiores de 80 anos. Além disso, passa também a estar disponível o agendamento local para as faixas elegíveis, começando nas faixas mais idosas e depois vindo de uma forma decrescente até aos 65 anos.
"Para acelerar o processo vamos abrir este sábado e domingo os nossos centros de vacinação para Casa Aberta para pessoas com mais de 80 anos e agendamento local para as faixas elegíveis", disse, em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia do 100.º aniversário da descoberta da Insulina, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, deixando ainda um apelo dirigido aos maiores de 80 anos para recorrerem à "Casa Aberta" este fim de semana.
Questionado se este fim de semana será o primeiro de vários para conseguir acelerar o processo e ter o grupo elegível vacinado até ao Natal, Lacerda Sales explicou que "este fim de semana será o primeiro de acordo com as necessidades que se vierem a revelar nos próximos fins de semana e com o evoluir do próprio processo".
Lacerda Sales avançou que entre esta quinta e sexta-feira o país vai atingir "um milhão de vacinas da gripe, 500 mil terceiras doses contra a Covid e cerca de 300 mil coadministrações". "Estamos numa linha dupla vacinal", afirmou, sublinhando que está a ser feito "um esforço estratégico para juntar todos estes processos complexos".
A coadministração da vacina da gripe sazonal e da terceira dose da vacina contra a Covid-19 aos mais idosos é "a maior preocupação" do Governo. Lacerda Sales pediu, por isso, "ajuda às autarquias locais para que identifiquem os idosos e os transportem aos locais de vacinação".
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O secretário de Estado da Saúde adiantou também que a partir do dia 15 de novembro vão começar a ser administradas as terceiras doses contra a Covid-19 aos profissionais de saúde.

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Relativamente às filas de espera para vacinação, o governante afirmou que este processo pode andar "um pouco mais devagar" devido a algumas circunstâncias.
Apontou o facto de nos primeiros dias ter havido "algumas chegadas mais atrasadas de vacinas da gripe" e também por ser uma faixa etária de pessoas mais idosas que, muitas vezes, tem "mais dificuldade em interpretar as orientações que são dadas", o que considera ser "normal".
"É normal que nestas situações o processo corra um pouco mais devagar e por isso mesmo queremos acelerar o processo e a forma que temos para acelerar o processo é vacinar garantidamente mais pessoas", defendeu Lacerda Sales.
Sublinhou ainda que é importante ter em conta as populações elegíveis para vacinação. Acima dos 65 anos são cerca de 2,3 milhões.
"Neste momento, nós teremos à volta de 900 mil pessoas elegíveis e teremos em meados de dezembro cerca de 1,5 milhões pessoas", disse.
Para o governante, "é importante que se faça esta distinção" e que se perceba que nem toda a gente é vacinada ao mesmo tempo porque é necessário esperar seis meses entre a segunda e a terceira dose da vacina contra a Covid-19.
Questionado sobre as declarações de Gouveia e Melo, que coordenou a task-force da vacinação contra a Covid-19, de que é preciso acreditar nas instituições e que não iria regressar, Lacerda Sales afirmou que o vice-almirante continua ligado ao processo.

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"O senhor vice-almirante continua, e muito bem, intimamente ligado ao processo, através do núcleo de coordenação, que é também excelentemente coordenado pelo senhor coronel Penha Gonçalves e, portanto, (...) continua desta forma intimamente ligado quer ao núcleo de coordenação, quer ao Ministério da Saúde", declarou.
António Lacerda Sales sublinhou ainda que há uma continuidade neste processo de vacinação: "Há uma transição também neste processo através do núcleo coordenação para podermos mais tarde vir a internalizar também este processo".
Segundo o relatório semanal da DGS, divulgado na quarta-feira, estão totalmente vacinadas, contra o vírus SARS-CoV-2, 8.904.253 pessoas, mais 18.471 do que na última semana, e 9.039.364 já receberam uma dose, o que representa mais 12.609 vacinados.
A Covid-19 já matou em Portugal, desde março de 2020, 18.222 pessoas e foram contabilizados 1.100.961 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
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