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A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) reuniu-se esta segunda-feira com a secretária de Estado da Administração Interna, mas considera que o principal assunto ficou por abordar: o sistema remuneratório.
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Em declarações à TSF, o presidente da associação, César Nogueira, defende que nenhum superior hierárquico pode receber menos do que um subordinado e insiste na revisão da totalidade do sistema.
"Aquilo que para nós, para os profissionais, é primordial, é a alteração total do estatuto remuneratório que não é revisto desde a sua criação, em 2009, o que traz "consequências muito prejudiciais até para a própria instituição, a GNR", aponta.
Como exemplo, César Nogueira aponta o caso de profissionais que foram promovidos a cabo-chefe "que foram ultrapassados pelos seus subordinados"
César Nogueira conta que a reunião com a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto foi sobre questões relacionadas com a falta de pagamento dos serviços remunerados dos GNR e a higiene e segurança do trabalho, questões que o presidente da APG/GNR quer resolver o quanto antes para a tutela tratar do que diz ser o mais importante.
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"Todos os anos tem-se empurrado essa questão para a frente e agora, mais uma vez, estão a empurrar para a frente. Depois destes dois documentos discutidos, iremos então passar a discutir o estatuto remuneratório. Se é por causa disso, então vamos despachar já estes documentos porque praticamente estão concluídos. (...) Queremos é que não haja outra desculpa e dizer que será mais para frente, porque já não acreditamos nessa nesse tipo de conversas."
Já sobre a questão dos serviços remunerados, também conhecidos por serviços gratificados, em que a GNR é solicitada para trabalhar desde em festas e romarias, a cortes de estradas ou presença em hipermercados, César Nogueira afirma que há militares que têm cinco mil euros a receber de pagamentos por fazer desde o inicio do ano passado.
Serviços gratificados não estão as ser pagos atempadamente
"Ainda ninguém nos conseguiu explicar. Já expusemos isso ao comando geral. Já expusemos agora à secretária de Estado, que disse que iria ver o que é que se está a passar".
Isto porque os militares contavam com o pagamento no mês seguinte ao do serviço prestado, mas há quem já esteva há mais de um ano sem receber, lamenta César Nogueira.