Chegou o "momento" do Cachão

O Governo e os 9 municípios da CIM Terras de Trás-os-Montes acreditam ser este o momento para iniciar a reabilitação do Complexo Agroindustrial do Cachão.

A ministra da Coesão Territorial visitou o espaço, entre Mirandela e Vila Flor, e ficou a conhecer o plano que os autarcas têm para o local. Todos parecem assumir que é vital encontrar as soluções certas para um Cachão do século XXI.

Ana Abrunhosa acredita ser este "o momento" certo para apresentar um plano que dê vida ao Cachão. "É o momento em que estamos a acabar um quadro comunitário, é o momento em que estamos a iniciar um quadro comunitário novo e é o momento em que estamos a receber as verbas da solidariedade europeia".

A ministra da Coesão Territorial quer ver ali uma reabilitação feita com peso e medida e com condições. "Primeira condição: que seja um projeto sustentável, segunda condição: que seja um projeto que acrescente valor à economia local e a terceira condição é a de que possa ser um projeto de internacionalização". São estas as condições para "aplicar fundos europeus e para aplicar também fundos privados", acrescenta a ministra.

Ana Abrunhosa sabe que para acordar aquele gigante adormecido será necessário fazê-lo com regra. " Por fases porque é impensável que, dum momento para o outro, se altere esta realidade".

A infraestrutura que já foi o mais importante polo económico da região transmontana nas décadas de 60 e 70 do século passado é hoje um espaço moribundo. Fernando Barros é o presidente da Câmara de Vila Flor, que com Mirandela tem a gestão do local. Também acredita ser este o momento. " Porque há investidores. Estamos a dez quilómetros do IC5, a dez quilómetros da A4, temos aqui já rede de fibra ótica, temos gás natural, temos ETARs, temos ETAs. Temos todas a s condições para que possa ser feito. Nós temos vontade e também temos, neste momento, o lastro do apoio do governo".

Os autarcas querem também acrescentar ao local o Politécnico de Bragança e a Universidade de Vila Real para a investigação e valorização dos produtos. Artur Nunes, o presidente da Comunidade Intermunicipal - Terras de Trás-os-Montes fala num projeto que deve ser de todos para todos. "Dos nove municípios, das entidades produtoras e que seja sustentável a médio e a longo prazo, ou seja, que seja um projeto de grande desenvolvimento territorial para toda a região de Trás-os-Montes".

No Cachão passa a linha de comboio do Tua que espera desde 2017, que se inicie o prometido Plano de Mobilidade do Tua, primeira contrapartida da construção da Barragem de Foz Tua. A ministra Ana Abrunhosa acredita que até ao fim do ano poderá haver novidades " Esse meio de transporte, quer para o turismo quer para a população é absolutamente vital. Gostaríamos muito que fosse uma realidade ainda este ano".

E que poderá servir, de muitas formas, o Complexo Agroindustrial do Cachão. O estudo / Plano Estratégico de Revitalização para aquela unidade industrial será apresentado publicamente em Outubro.

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