Cheias em Lisboa. Engenheiros dizem que "não fazer muitas vezes acaba por ser mais caro do que fazer"

O bastonário da ordem considera que os túneis subterrâneos que vão ser construídos "conseguem controlar a maior parte dos problemas".

A Ordem dos Engenheiros critica o constante adiamento da criação de infraestruturas que evitem as cheias que a chuva está a provocar em Lisboa. O bastonário, Fernando Almeida Santos, avisa que "não fazer muitas vezes acaba por ser mais caro do que fazer" e considera que os túneis subterrâneos que vão ser construídos "conseguem controlar a maior parte dos problemas".

"Muitas vezes tem a ver com o acumular do não fazer. Ou seja, vamos adiando e não chegamos depois a bom porto na maior parte das coisas. E o não fazer muitas vezes acaba por ser mais caro do que fazer. Em Lisboa, estamos perante uma situação de cheias. As cheias não são novas, sempre existiram. Há séculos que existem", critica o bastonário em declarações à TSF.

Por isso, Fernando Almeida Santos diz que há vários anos que os túneis subterrâneos já devia estar construídos: "Há soluções técnicas para isso, naturalmente, e em março começa uma obra bastante grande que resolve a maior parte dos problemas da cidade de Lisboa. Mas é uma obra que se calhar já devia estar feita há quatro ou cinco anos, no mínimo."

"Este empurrar para frente, a falta de decisão, embora a obra esteja planeada, esta força de fazer as coisas atempadamente não tem existido. Felizmente já vai começar a obra. São dois túneis - dois aquedutos subterrâneos, chamemos-lhe assim - para escoamento de cinco quilómetros de Monsanto a Santa Apolónia. E outro de Chelas ao Beato - este de um quilómetro - com bacias de retenção intermédia conseguem controlar a maior parte dos problemas que são idênticos aos dos últimos dias", descreve.

Ainda assim, as obras vão demorar um ano a ficar concluídas. "Até lá, vamos ter mais situações destas, infelizmente", lamenta o bastonário da Ordem dos Engenheiros.

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