China nega existência de "esquadras policiais ilegais" no estrangeiro. ONG garante que funcionam três em Portugal

As conclusões do relatório da Safeguard Defenders revelam que três das 50 "esquadras ilegais" podem funcionar em Portugal.
Os espaços têm sido utilizados para intimidar, controlar ou forçar cidadãos chineses a regressar ao país.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin garante que o país não criou "centros de serviço policial" em vários países.

Os "centros de serviço policial" são alegadamente estruturas semelhantes a esquadras da polícia que têm sido utilizadas para intimidar, controlar ou forçar cidadãos chineses a regressar ao país.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério explica que as estruturas não são "centros de serviço policial", mas sim "centros de serviços para chineses no estrangeiro".

É precisamente a ausência da palavra policial na equação da China que faz a diferença. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros garante que estes espaços, fora do país, servem apenas para apoiar chineses, por exemplo, na renovação da carta de condução.

Estas explicações surgem na sequência de um relatório publicado em setembro, pela Safeguard Defenders. A Organização não governamental (ONG) acusa Pequim de manter ativos 50 espaços em todo o mundo.

No relatório a Safeguard Defenders revela que três dessas "esquadras ilegais" podem funcionar em Portugal. Em Lisboa, no Porto e na ilha da Madeira.

As conclusões do relatório da ONG chegaram à Assembleia da República, pela voz do líder da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo.

Num debate, no parlamento, no final do mês de setembro, Cotrim de Figueiredo questionou o primeiro-ministro sobre se sabia da existência destas estruturas da polícia chinesa em Portugal, António Costa disse que desconhecia o caso e sugeriu ao líder da IL que informasse a Procuradoria-Geral da República (PGR).

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