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Quase sem cheiro, sem fumo e em embalagens que parecem gadgets: os novos tipos de tabaco são uma das grandes preocupações da Direção-Geral de Saúde (DGS) que "com base em evidência científica" está atenta ao impacte destes produtos na saúde humana.

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"Existe risco, obviamente que existe o risco", sublinha a Diretora-Geral de Saúde sublinhando que "a falsa de segurança é mesmo falsa" porque "induz nos consumidores e nos potenciais consumidores a ideia de que podem usar uma coisa até com ar mais moderno do que as gerações anteriores, e não vão ter um risco grande ou que não ter um risco de todo, que é pior".
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Analisando o que aconteceu noutros países onde estes novos cigarros já são consumidos há mais tempo, Graça Freitas alerta para do crescente consumo entre os mais jovens.
"É o efeito perverso destes produtos: as camadas mais jovens que já não tinham muita vontade de fumar cigarros ditos clássicos, porque sabiam que tinham riscos, quando lhes é apresentado um produto novo que é dito que tem muito menos riscos e até tem alguma coisa de tecnológico, aderem a esse hábito."

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A Diretora-Geral de Saúde denuncia, por isso, a "perversidade imensa destes produtos porque dão às pessoas uma noção de risco mais baixo e de serem aparentemente menos agressivos".
"Isso é uma perversidade desses produtos porque o risco pode não ser baixo e, mesmo que seja mais baixo do que o cigarro convencional, se muita gente utilizar, coletivamente vamos chegar ao mesmo sítio, que é muita gente sofrer as consequências", avisa Graça Freitas.
"O risco pode não ser assim tão baixo: há muitos produtos que originam outros produtos, a partir do momento em que são misturados", afirma a Diretora-Geral de Saúde que promete "acompanhar o conhecimento que for produzido".