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As câmaras de Manteigas, Mangualde, São Pedro do Sul, Tabuaço e Vale de Cambra admitem reduzir ou cortar parcialmente o abastecimento de água, pelo menos durante a noite, se a escassez não for reduzida a curto prazo.
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O Jornal de Notícias explica, esta quinta-feira, que há já, um pouco por todo o país, várias medidas colocadas em prática, com a maioria das 36 autarquias contactadas pelo jornal a apelarem à contenção generalizada no consumo de água, havendo mesmo casos de proibição do consumo de água da rede pública para a rega de jardins e hortas, a lavagem de passeios, pátios e espaços públicos ou a rega de jardins e hortas.
Em Vimioso, por exemplo, há multas que podem chegar aos 3740 euros para singulares e 44.890 euros para pessoas coletivas.
Saiba o que está em causa.
Já em São João da Pesqueira, o tarifário agrava-se entre maio e outubro para os escalões mais altos de consumo: quem usa entre 16 e 25 metros cúbicos (m3) paga 1,5656 euros por m3 em janeiro, mas vê o preço subir para os 2,0352 euros em julho. O município avisa mesmo que, a manter-se o consumo diário de 640 litros por pessoa, "quando o desejável seria 200", a rutura acontece em setembro.
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O uso de camiões cisterna está até já em curso em pelo menos 23 municípios. Um deles é Vieira do Minho, onde nas freguesias abastecidas por cisterna o consumo está limitado a dois m3 por dia.
Entre as soluções encontradas pelos municípios estão também o uso de águas com origens alternativas: Viseu colocou ensecadeiras nos descarregadores de superfície da barragem de Fagilde e os municípios de Almada, Vinhais, Abrantes, Mangualde, Castro Daire, Vouzela, Alfândega da Fé e Cabeceiras de Basto aproveitam a água de origem diferenciada - velhas nascentes, furos e poços e reabilitação de antigas captações - para a rega, abastecimento de bombeiros e enchimento de piscinas. Em Vila Nova de Foz Côa há até em curso um processo para licenciar o uso, para rega, de efluente tratado de ETAR.