Cocaína escondida em avião da TAP fez várias viagens sem ser detetada

Droga proveniente da América Latina chegava a Lisboa e saia do avião pela mão de três funcionários da Groundforce.

A PSP desmantelou uma rede de tráfico de droga que incluía três funcionários da Groundforce.

A cocaína proveniente da Venezuela era transportada em aviões comerciais que faziam o trajeto Caracas - Lisboa, e mesmo quando as coisas correram mal aos traficantes o esquema manteve-se de pé.

Conta o Diário de Notícias que numa das ocasiões, em dezembro de 2016, a droga camuflada num avião da TAP não foi de imediato retirada e acabou por andar a "passear" por vários países.

Depois de chegar a Lisboa, o aparelho que transportava mais de 14 quilos de cocaína fez mais três viagens: para São Paulo, no Brasil, para Boston e para Nova Jérsia, nos Estados Unidos, antes de a droga ser retirada.

Noutra episódio, em novembro de 2016, a droga escondida no porão de um avião - 51 quilos de cocaína - foi encontrada quando a porta do compartimento se abriu por acidente. A rede perdeu cinco milhões de euros mas manteve a operação.

Os três funcionários da Groundforce recebiam entre 25 mil a 30 mil euros por fazer desembarcar a cocaína do avião e garantir a sua saída do aeroporto da Portela, em Lisboa. A droga era depois vendida na Área Metropolitana de Lisboa e em Espanha.

Oito elementos do grupo foram condenados a penas de prisão entre os 5 anos e 11 meses e os 12 anos, enquanto o suposto líder da rede, um comerciante do ramo automóvel de 38 anos, foi condenado a 11 anos de prisão e a pagar 800 mil euros ao Estado, já arrestados em contas bancárias de familiares e automóveis.

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