"Com cautela, mas sem alarme." Graça Freitas "preocupada" com circulação da Covid durante festas populares

Diretora-geral da Saúde alerta para a enorme carga viral em circulação no país e avisa que, com a chegada dos feridos e das festas de junho, é preciso redobrar os cuidados.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, assume "alguma preocupação" face ao elevado número de contágios em Portugal, sobretudo entre os mais velhos. Em declarações no Fórum TSF, Graça Freitas revela, contudo, que neste momento "atingimos um planalto".

"Olho para estes com cautela e com alguma preocupação, mas não com alarme. É verdade que temos um número bastante elevado acima dos 80 anos e também na faixa etária dos 70 aos 79. Mas neste momento, apesar de tudo, atingimos em termos de novos casos por dia, um planalto."

Apesar da situação, Graça Freitas explica que o facto de o valor do R estar num planalto "não quer dizer que estejamos descansados com esta situação. Já percebemos, quando pensávamos que a quinta vaga ia desaparecer, a quinta vaga não desceu até onde nós queríamos, fez uma inflexão e entretanto origina-se a sexta vaga".

A diretora-geral da Saúde diz que a população "deve estar atenta" ao elevado número de infetados porque "a letalidade e a gravidade sejam baixas, se houver muitos casos na população, obviamente teremos mais internamentos e mais mortes".

"Temos de olhar para isto com respeito, humildade, atenção e contrariar, que é o nosso papel, a tendência expansionista do vírus", alerta.

Por isso, Graça Freitas recomenda as principais regras que aprendemos nos últimos dois anos. Avaliar o risco individual, usar máscara quando participamos em maiores ajuntamentos e arejar os espaços interiores.

"Neste momento, há uma carga tão grande de vírus em circulação que é nossa obrigação, como comunidade, como serviços, como médicos, como Ministério da Saúde, fazer aquilo que estiver na nossa mão de medidas de proteção", apela.

Junho, mês das festas e do risco

O mês de junho vai trazer as festas populares e Graça Freitas não esconde a "preocupação". "É óbvio que nós nos vamos aproximar, de um período, o período das festas dos Santos Populares, que por si só, é um período de risco. Estou de facto preocupada", alerta.

"Com o aproximar dos Santos, vamos ter mais oportunidades de que a transmissão se faça. O apelo é um apelo a cada um para agir em conformidade com este risco. Obviamente que é impossível travar o movimento dos Santos Populares e das festas e dos ajuntamentos. Mas pelo menos até lá não aumentar a carga de doença, não a aumentar quantidade de vírus que ainda circula entre nós e chegar a esses dias numa situação mais confortável", sublinha Graça Freitas.

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