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A vespa asiática chegou a Portugal há mais de uma década e, nesta altura, está em todo o território do continente, à exceção dos distritos de Beja e Faro.
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A Federação Nacional dos Apicultores estima que nos últimos cinco anos a perda de produção se situe entre as mil e
1500 toneladas por ano. A culpa por esta queda na produção está dividida: uma parte é da responsabilidade das alterações climáticas, a outra da vespa asiática.
A TSF tentou perceber se o combate à vespa asiática é uma luta perdida. A câmara municipal da Marinha Grande vai distribuir, entre fevereiro e abril, 300 armadilhas para combater a vespa asiática.
Ouça aqui a conversa de Cristina Lai Men com o presidente da câmara da Marinha Grande
O autarca Aurélio Ferreira defende que este é o momento para atacar esta espécie invasora. "Isto é um processo que, se não pararmos neste momento, vamos apanhá-lo durante todo o ano em que já há ninhos. Este é um processo que tem investimento da câmara, mas também tem um envolvimento da comunidade e isso é que é o desafio. É um processo muito fácil de criar as armadilhas, envolvendo as próprias escolas, que fazem as suas próprias armadilhas e podem montá-las. Há um trabalho dado pela autarquia, mas toda a comunidade pode estar envolvida neste processo", explica.
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Encontrou um ninho de vespa asiática? Não se aproxime e contacte as autoridades
Na Marinha Grande, as armadilhas vão começar a ser instaladas na próxima semana. Pedro Borges, responsável da Proteção Civil municipal, refere que a vespa asiática adapta-se "muito facilmente" aos espaços urbanos e alerta que se as pessoas detetarem ninhos desta espécie devem contactar as autoridades competentes.
"Devem afastar-se com alguma distância e fazerem contactos de imediato para os vários pontos disponíveis: site do Stop Vespa e número SOS Ambiente [808200520]. A Proteção Civil deslocar-se-á de imediato ao local para fazer uma avaliação ou solicitará uma equipa especializada para ir ao local fazer a destruição do ninho."

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Os ninhos não são retirados, uma vez que "acabam por se deteriorar" e "não representam perigo para a população".
O engenheiro Vasco Fernandes, da Proteção Civil, sublinha que os ninhos da vespa asiática "são bastante grandes, bem integrados na paisagem e por isso difíceis de detetar".
"Não se deve interagir com o ninho porque as vespas são bastante protetoras do seu espaço e podem atacar as pessoas e persegui-las até 500 metros de distância", avisa, acrescentando que as picadas desta espécie de inseto podem causar muitos problemas de saúde.
Pedro Borges, responsável da Proteção Civil da Marinha Grande, e o engenheiro Vasco Fernandes alertam para os perigos da vespa asiática e avisam a população sobre o que deve ser feito caso detetem a presença de ninhos
"Vamos andando a fugir ao bicho." Apicultor diz que vespa asiática está a chegar ao alto Alentejo
O apicultor Filipe Pedro refere que esta espécie já está a chegar à região do Alentejo. "Neste momento, ela já está a começar a entrar no alto Alentejo, na península de Setúbal. Temos alguma esperança que ela seja menos agressiva no Alentejo pela dispersão ao nível das árvores e da população", afirma. "Vamos andando a fugir ao bicho", acrescenta.
Cristina Lai Men falou com o apicultor Filipe Pedro que adiantou que a vespa asiática começa a dirigir-se para a região alentejana
* Atualizado às 09h40