- Comentar
Passavam 20 minutos das 8h00 quando Filipe Anacoreta Correia chegou à Avenida da Igreja, no bairro de Alvalade. À espera do vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa estavam já alguns assessores da autarquia e uma equipa do Programa Municipal de Mobilidade Escolar - "Comboios de Bicicleta" de Lisboa. Pouco depois, juntavam-se duas crianças e as respetivas bicicletas. Aguardavam pelo pelotão que tinha partido, minutos antes, da Avenida do Brasil.
À hora prevista, 8h32, avista-se um grupo de crianças e monitores. Ao longo do percurso de 1,2 quilómetros até à Escola Básica São Miguel, juntar-se-iam outros miúdos - 20, no total - que pedalaram até às aulas.
Lançado no ano letivo 2020/21, o pelotão tem engrossado: o arranque fez-se com 11 escolas; no ano passado foram 15; agora são 17 estabelecimentos de ensino e 28 percursos.
A ideia, além de "promover a bicicleta como meio de transporte" é, também, incentivar "a progressiva autonomia das crianças nas deslocações de casa para as escolas", afirma Anacoreta Correia.
Ouça aqui a reportagem
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Este ano, com um investimento de 100 mil euros, o programa conjunto da CML e da Bicicultura, conta, até ao momento, com 230 crianças inscritas. O vice-presidente da CML traça como objetivo chegar às 270: "Queremos crescer, passo a passo".
O responsável pelo pelouro da mobilidade na autarquia da capital garante que o feedback que tem recebido dos pais tem sido "muito positivo".
O percurso desta manhã em Alvalade foi feito, na grande maioria, fora de ciclovias, algo que Filipe Anacoreta Correia desvaloriza, argumentando que o programa "se adapta aquilo que é o trajeto das famílias para as escolas". O vice-presidente da CML garante que a segurança "é uma prioridade" e que a ideia é ter, em média, "um monitor por cada quatro crianças".
Ainda assim, para acautelar imprevistos, a autarquia fez um seguro contra acidentes.