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A Comunidade Israelita do Porto queixa-se de estar a ser alvo de um ataque antissemita, nas redes sociais, depois de uma publicação na rede social Twitter, do opositor russo Alexey Navalny.
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O galardoado deste ano com o prémio Sakharov de direitos humanos acusa Portugal de ter vendido a cidadania portuguesa ao multimilionário russo Roman Abramovich e denuncia "malas de dinheiro que circularam por funcionários portugueses".
O processo de atribuição de cidadania a Abramovich ficou concluído em abril deste ano, ao abrigo da lei que permite a atribuição de cidadania portuguesa a descendentes de judeus sefarditas.
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A Comunidade Israelita do Porto, que tratou do processo, garante que não recebeu de Abramovich mais do que os 250 euros relativos à taxa de tramitação do processo, definida pela Lei 2/2018 da Assembleia da República.
Numa publicação na página da Comunidade Israelita do Porto na internet está escrito que não entrou nem mais um euro para a comunidade ou para o Museu do Holocausto, inaugurado recentemente no Porto, e é garantido que todos os documentos entregues ao estado português, ainda em 2020, foram certificados pelas mais reputadas instituições judaicas do mundo.
Apesar de não aceitar responder às perguntas da TSF, a comunidade israelita do Porto remeteu para a já referida publicação onde explica que está sob ataque.
"Um ataque antissemita, comparável à guerra do Yon Kippur, em 1973", pode ler-se no texto, que acrescenta que "já começaram os ataques contra vários elementos da comunidade, incluindo o rabino chefe da Sinagoga do Porto".
A TSF tentou chegar a vários elementos da Comunidade Israelita do Porto, mas a resposta oficial, é que "ninguém da comunidade vai expor-se", durante o que, insiste um dos elementos da comunidade, considera ser "um ataque".