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Os oficiais de Justiça estão em greve por tempo indeterminado. Há sete dias em greve, os oficiais de Justiça exigem condições mínimas para que os tribunais funcionem com normalidade.
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O presidente do sindicato, Carlos Almeida, afirma à TSF que é necessária a contratação de mais profissionais. "Para estancarmos esta sangria de pessoas a abandonar a carreira, precisamos, no mínimo, de 500 a 600 pessoas neste ingresso", defende.
Na abertura do ano judicial, a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, anunciou a abertura de um concurso público para a contratação de mais 200 funcionários judiciais.
"Qualquer cidadão percebe que isto aqui é estarmos a enganar as pessoas", lamenta Carlos Almeida, recordando que, até em tempos de troika, foi feito um ingresso de 600 oficiais de Justiça.
Ouça aqui as declarações de Carlos Almeida
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Para além das contratações, o sindicato pede o descongelamento das progressões nas carreiras e a inclusão no vencimento do suplemento de recuperação processual, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2021, para o pagamento de 14 prestações anuais. A greve irá manter-se até que estas reivindicações sejam atendidas.
A paralisação começou na semana passada com taxas de adesão elevadas, na ordem dos 85%, mas tem vindo a baixar. "É normal", diz o presidente do sindicato.
"As pessoas também vivem do seu salário e, numa altura destas tão difícil, é um esforço grande dos trabalhadores para garantirem e lutarem pelas condições para que os tribunais funcionem", acrescenta.
Ouça aqui a evolução da adesão à greve
A greve acontece todos os dias, exceto ao fim de semana, durante o período de funcionamento da tarde (das 13h30 às 00h00).