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Moura, um dos quatro concelhos do Continente que que regride no desconfinamento a partir da próxima segunda-feira, defende que os critérios do Governo são injustos.
O presidente da autarquia, o socialista Álvaro Azedo, diz que os pequenos municípios do Interior estão a ser perseguidos com uma linha vermelha da incidência da Covid-19 que os prejudica, sem qualquer base científica, "como defendem vários especialistas".
"Esta fórmula de cálculo (novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) é claramente prejudicial para pequenos municípios, como o nosso, com poucos milhares de habitantes", refere o autarca que sublinha os testes que fazem em massa para ter as cadeias de transmissão identificadas e controladas.

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Moura tem hoje 17 casos ativos e Álvaro Azedo acusa as autoridades nacionais de "não conhecerem o país e o seu Interior. Nós estamos a ser amplamente prejudicados e perseguidos", acusa o autarca.
Moura é um dos quatro concelhos, juntamente com Odemira, Portimão e Rio Maior, que vão regressar na segunda-feira às regras que vigoravam no continente português antes do atual processo de desconfinamento, devido à evolução da Covid-19.
Segundo o primeiro-ministro, António Costa, nestes quatro municípios, com uma incidência de 240 casos por 100 mil habitantes, volta a estar em vigor a proibição de circulação interconcelhia "e, portanto, as pessoas têm o dever de se manter no seu concelho, com as exceções que são conhecidas, em particular a necessidade de terem de ir trabalhar ou de dar apoio a qualquer familiar". A medida aplica-se todos os dias da semana.

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Na prática, referiu, nestes quatro concelhos "têm de encerrar na próxima segunda-feira" ginásios, museus, galerias de artes e espaços semelhantes.
As lojas, entretanto abertas, têm de poder funcionar apenas com venda ao postigo e as esplanadas também voltam a fechar.
No entanto, as escolas continuam a funcionar presencialmente e também voltam ao ensino presencial os alunos do ensino secundário e do ensino superior - como no resto do continente português -, porque as "medidas relativas ao sistema educativo serão sempre medidas de âmbito nacional", explicou o primeiro-ministro.
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