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Os casos de denúncia de maus tratos estão a aumentar. O ministro da Administração Interna revelou esta manhã na TSF que até setembro foram registadas 20 mil situações.
"Em 2018, mais do que duplicámos o número de ações de formação, criação de salas de acolhimento à vítima, com privacidade em todas as novas estruturas das forças de segurança e uma intervenção que se traduz no facto de, ao longo deste ano, os números que temos disponíveis até ao final de setembro indiciarem um crescimento de cerca de 10% das situações denunciadas", detalhou Eduardo Cabrita.

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Para o ministro, "estes cerca de 20 mil casos denunciados até setembro, isto é, um crescimento de 10%, significam que não podemos parar".
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Ouça Eduardo Cabrita, sobre o que o Governo tem feito para erradicar a violência
No dia em que o primeiro-ministro fala de uma pandemia global, surge também uma campanha nacional de sensibilização promovida pela Guarda Nacional Republicana e apoiada por 150 municípios. A imagem que marca a ação é um saco de boxe envolto num vestido vermelho com a frase "não deixes que façam de ti um saco".

Campanha da GNR promovida por 150 municípios
© GNR

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De acordo com o ministro da Administração Interna, estas campanhas têm contribuído para um aumento das situações denunciadas, mas é também de notar que as forças de segurança estejam mais bem preparadas para lidarem com estes casos.

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Eduardo Cabrita também admite que, para evitar a repetição da violência, o agressor que cumpre pena deva continuar a ser acompanhado após abandonar a prisão. "A dimensão de reinserção social, e sobretudo o acompanhamento pós-libertação, é fundamental", posiciona-se o ministro.
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"Também nessa área o que temos previsto é que, depois do tempo de eventual detenção, haja uma sinalização e um acompanhamento pelas forças de segurança, quer em períodos de liberdade condicional, quer de saídas precárias, para que não se repitam casos em que essas situações de liberdade condicional ou temporária se provoquem novas situações", conclui.
