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A ideia de criar um geoparque mundial começou com a descoberta em 2015 de um fóssil de uma salamandra gigante do período Triásico Superior, que remonta há mais de 200 milhões de anos.
A descoberta do metopossaurus algarvensis foi feita no concelho de Loulé. "É um achado internacional que só foi encontrado no Algarve", explica a coordenadora do projeto. Cristina Veiga Pires explica que, para ser Geoparque Mundial, é necessário haver no local pelo menos uma referência geológica internacional.
Mas neste território há outros pontos de interesse naturais, como a mina de salgema ou o grande aquífero Querença Silves, único a nível nacional.
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A riqueza geológica e natural dos concelhos de Loulé, Silves e Albufeira levou a que a Unesco já tenha admitido o território dos três municípios como Aspirante a Geoparque Mundial.
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Cristina Veiga Pires, também professora da Universidade do Algarve , explica que a ideia é avançar com uma série de iniciativas: percursos pedestres, desportos ligados à natureza e visitas a artesãos locais, para citar algumas.
Quem visitar estes locais vai ficar a saber, por exemplo, que, há 350 milhões de anos, na serra e no barrocal do Algarve, havia mar. Primeiro, um mar mais antigo, que deixou sedimentos e criou formações rochosas, e depois, ainda antes de existir o Oceano Atlântico, um mar tropical.
Toda esta geologia e história podem ser contadas a quem visitar no futuro o Geoparque Algarvensis.
A candidatura à Unesco está a ser preparada, mas o processo só deverá estar concluído dentro de dois a três anos.