Desconfinamento. Cuidados intensivos também vão ser indicador crítico e há quatro linhas vermelhas secundárias

Positividade dos testes, percentagem de casos rastreados em 24 horas ou notificados com atraso e relevância das variantes do vírus são critérios secundários.

Afinal, ao contrário daquilo que se percebeu na última comunicação de António Costa ao país, não vão ser apenas o índice de transmissibilidade (o chamado Rt que indica quantas pessoas são em média contagiadas por cada caso positivo) e a taxa de incidência da covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias a decidirem o avanço, travagem ou recuo do processo de desconfinamento que começa na segunda-feira.

Um estudo divulgado pelo ministério da Saúde este sábado define as linhas vermelhas para orientar a intervenção daqui para a frente na epidemia.

As autoridades de saúde acrescentam um terceiro indicador igualmente considerado "principal": o número de camas ocupadas em unidades de cuidados intensivos por doentes com covid.

Além disso, são igualmente identificados quatro indicadores secundários, como a positividade dos testes, a percentagem de casos rastreados em 24 horas, a percentagem de casos notificados com atraso ou a relevância das variantes do vírus.

Partindo destes indicadores, o risco é classificado em dois cenários possíveis: epidemia em crescimento ou em decréscimo, sendo cada fase acompanhada por alívio ou implementação de medidas de saúde públicas adicionais.

Segundo o estudo divulgado pelo ministério da Saúde, a definição de "Linhas Vermelhas" é baseada em indicadores quantitativos e respetivos valores de corte, que permitam a cada momento propor uma melhor resposta às diferentes fases da epidemia em Portugal, através de instrumentos de monitorização objetivos para a ação e para a prevenção de um descontrolo epidémico.

O documento agora divulgado foi realizado por peritos da Direção-Geral da Saúde (DGS), Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a COVID-19.

A matriz de risco agora divulgada é bem mais complexa e envolve muito mais variáveis do que aquela que foi divulgada na última quinta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, no final da reunião do Conselho de Ministros que aprovou o novo período, que se inicia na segunda-feira, de desconfinamento.

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