"É mentira." Sindicato acusa santuário de utilizar Covid como "pretexto" para despedir

O Sindicato de Hotelaria do Centro teme que sejam mais de 50 trabalhadores despedidos.

O Santuário de Fátima tem em curso um plano de reestruturação que prevê o despedimento de 50 trabalhadores devido à queda nas receitas causadas pela pandemia. O Sindicato de Hotelaria do Centro alega, no entanto, que a Covid-19 é apenas um pretexto para dispensar funcionários.

Em entrevista à TSF, Helena Cardinali, do Sindicato de Hotelaria do Centro, não adianta um número concreto de trabalhadores abrangidos. Ainda assim, desconfia que vão sair mais de 50 funcionários, começando pelos mais recentes.

"Não acredito que sejam os trabalhadores que estão há 20 e 30 anos no Santuário. Teriam de pagar uma indemnização muito grande. Estão a mandar para fora os trabalhadores com apenas dois e quatro anos de casa", afirma.

Helena Cardinali explica que estão a manter os funcionários mais velhos, porque, entretanto, vão para a reforma. "É dinheiro que entra no Santuário. Estão a mandar trabalhadores embora, alegando que são efeitos da Covid. É mentira, é apenas um pretexto."

Helena Cardinali acusa o Santuário de estar a pressionar trabalhadores. Duvida, por isso, que as saídas aconteçam por mútuo acordo.

"São trabalhadores da hotelaria, porque a igreja também tem hotéis. Os empregados de mesa, cozinheiros, ou seja, todas as áreas que englobam o Santuário vão ser afetadas", explica.

A porta-voz do Santuário, Carmo Rodeia, afirma que a instituição "garante que a redução dos postos de trabalho será a menor possível para que nunca comprometa aquela que é a missão do Santuário: acolher bem os peregrinos que vão a Fátima".

"O Santuário de Fátima, com este plano de reestruturação, pretende sobretudo preservar a sua sustentabilidade, sem beliscar aquela que é a sua principal missão, que é o acolhimento dos peregrinos. Desde o início da pandemia que procurámos, a todo o custo, manter todos os postos de trabalho e tudo continuaremos a fazer para que seja afetado o menor número de trabalhadores", acrescentou.

Carmo Rodeia enalteceu, também em declarações à TSF, o trabalho de todos os colaboradores do Santuário de Fátima.

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