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É mais uma preocupação para juntar à lista e mais um hábito enraizado que todos teremos de alterar para combater a pandemia de Covid-19: o telemóvel, que operamos com os dedos e colocamos na cara para ouvir e falar.
Embora possamos não pensar neste facto, a verdade é que o telemóvel tem uma superfície onde o vírus pode permanecer. As horas que o vírus consegue sobreviver nesta superfície são três, explicou esta sexta-feira a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em conferência de imprensa.

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"Humidade, temperatura e exposição aos raios ultravioleta. Os telemóveis são, obviamente, um sítio onde se podem depositar vírus", lembra Graça Freitas, que explica mesmo que é fácil que o vírus passe da superfície do aparelho para o nosso sistema respiratório.
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Por isto mesmo, é necessário limpá-lo com frequência e, sobretudo, evitar que ande de mão em mão. "Ele já não devia ser partilhado com o à vontade com que nós o partilhamos, porque também transmitimos outras coisas além da Covid-19", alerta Graça Freitas.
O simples gesto de passar o telemóvel a alguém para que essa pessoa atenda ou participe numa chamada "não é muito boa ideia em qualquer circunstância, mas agora ainda menos". Por isso, a diretora-geral da Saúde pede que se treinem "novas atitudes e novas rotinas".
E se uns equipamentos podem ser perigosos, outros - como os ventiladores -, são essenciais para salvar os doentes mais graves. Graça Freitas assume que o passo de cancelarem cirurgias não urgentes que está a ser dado por vários grandes hospitais é útil para libertar estes dispositivos, embora ainda não se saiba quantos existem.
O levantamento "muito pormenorizado de todos os equipamentos" deste tipo, explica Graça Freitas, está a ser feito com o objetivo de também mobilizar ventiladores que já estavam atribuídos a blocos operatórios.
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