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A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou esta sexta-feira a administração de vacinas contra a Covid-19 em crianças entre os 12 e os 15 anos com comorbilidades.
"A DGS recomenda a vacinação prioritária dos adolescentes entre os 12 e os 15 anos de idade com comorbilidades associadas a doença grave", anunciou em conferência de imprensa a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, no seguimento de um parecer da Comissão Técnica de Vacinação Covid-19.

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A DGS considera ainda que deve ser dada a possibilidade de vacinação a todas as crianças desta faixa etária por indicação médica e de acordo com a disponibilidade de vacinas, remetendo o acesso universal destas idades para mais tarde.
A decisão sobre o acesso universal à vacina por parte dos jovens nesta faixa etária fica, no entanto, dependente da divulgação e análise de maior e mais detalhada informação médica.
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Graça Freitas reiterou ainda a importância de continuar a vacinar as pessoas com 16 ou mais anos para "abranger aqueles em que se verifica o maior número de casos" de Covid-19 no país.

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O presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos está de acordo com as recomendações feitas esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde. Jorge Amil Dias explica que é preciso ter em conta que o objetivo da vacina contra a Covid-19 é evitar doença grave e morte, tanto nas crianças como nos adultos. Daí a prioridade aos menores com outras doenças.
"Neste momento faz todo o sentido impedir que pessoas morram, esse é o objetivo central e essencial da nossa luta. Se depois de impedirmos que todos os adultos tenham uma probabilidade significativa de morrer os dados de segurança de utilização noutros países mostrarem que, efetivamente, isso traz uma diminuição acentuada do número de casos global, coisa que é desejável mas não está documentada, de certeza que esta decisão que a senhora diretora anunciou hoje será revista e alargada. A medicina e a ciência são assim, vamos evoluindo e modificando as nossas recomendações à medida que temos novos dados disponíveis", explicou à TSF Jorge Amil Dias.
Presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos sublinha que, também nas crianças, esta vacina não evita o contágio