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A direção clínica do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) esclarece que, nas últimas duas semanas, realizou cinco reuniões com chefes da equipa cirúrgica do serviço de urgência central do hospital de Santa Maria para resolver as exigências levantadas por estes profissionais.
Os dez chefes da equipa de urgência do maior hospital do país demitiram-se esta segunda-feira do cargo por não concordarem com as soluções apresentadas. Ora, em comunicado enviado à TSF, direção clínica explica que "consensualizou alterações indo ao encontro das reivindicações apresentadas".

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As mudanças foram, segundo a administração do CHULN, "assumidas por escrito". A direção daquela unidade hospitalar salienta que, apesar das divergências, vai manter as negociações e o diálogo com os médicos, acrescentando que fará tudo para "manter o normal funcionamento das urgências e das equipas médicas".
Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, João Proença, afirmou que o Conselho de Administração do CHULN "não deu qualquer resposta às pretensões dos médicos que eram muito claras", pelo que foi concretizada a demissão.
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"Os colegas exigiram que fossem tomadas medidas para que o banco de urgência continuasse a ter uma vida normal, porque só eram duas pessoas, um chefe de equipa e um especialista, e precisavam de seis pessoas diferenciadas", disse o dirigente sindical.
Por outro lado, nove dos dez médicos que se demitiram do cargo de chefia já têm mais de 55 anos e, ao abrigo da lei, podem pedir dispensa do trabalho nas urgências.