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O portal do Serviço Nacional de Saúde indicou, esta terça-feira, que o tempo médio de espera para doentes urgentes nas urgências do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, era de 13 horas. Um problema que, segundo o diretor do serviço de urgência do hospital, João Gouveia, é "de fundo" e não de escala.
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Quase 13 horas de espera para doentes urgentes do Hospital de Santa Maria, em Lisboa
"Há problemas de fundo que estão perfeitamente diagnosticados e que têm de ser resolvidos, não vale a pena estar a fazer mais diagnósticos. No Natal tivemos uma diminuição franca da afluência aos serviços de urgência, não há assim tantas urgências verdadeiras que justifiquem a vinda cá, senão mantinham-se também durante o período de Natal. Sabemos que há agora um certo rebound sempre ao período de Natal. É sempre difícil fazer escalas nesta altura, neste momento estamos com 18 profissionais a atender doentes. Não é um problema de escala", explicou João Gouveia aos jornalistas.
À porta do hospital, o responsável garantiu também que as infeções respiratórias já não são predominantes.
"Temos insuficiências cardíacas, infeções respiratórias, descompensações de diabetes, alguns problemas cirúrgicos. Temos de tudo, neste momento não há uma patologia dominante", afirmou o diretor da urgência do Santa Maria.
Questionado também sobre se replicar o modelo de urgências do Norte seria a solução, João Gouveia disse desconhecer modelos de urgência que possam resolver a situação neste momento.
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"Aquilo a que se chama o modelo de urgência do Norte tem provavelmente a ver com as urgências metropolitanas de algumas especialidades e isso já existe também cá em Lisboa, há bastante tempo, em algumas especialidades. Não acho que isso seja nenhuma solução milagrosa porque os hospitais do Norte têm exatamente os mesmos problemas que nós, não há diferença", acrescentou.