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Luís Carriço, diretor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), garante que a segurança dos alunos nunca esteve em causa e considera que não há razões para cancelar os exames que se realizam esta sexta-feira.
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"A segurança dos alunos e funcionários nunca esteve em causa. De acordo com os dados que temos, e sendo uma escola de ciência, só podemos basear-nos nesses dados. Devemos, por isso, com serenidade continuar a efetuar todas as atividades. Aos nossos alunos, docentes e funcionários quero transmitir uma mensagem de tranquilidade. Muitos de nós, a começar pelos nossos alunos, trabalharam arduamente para os exames que agora se estão a realizar", explicou Luís Carriço numa declaração pública esta manhã.
O diretor da FCUL afirma que a faculdade estará atenta a todos - alunos, docentes e funcionários -, bem como à afluência aos exames e taxas de sucesso. Está também a ser disponibilizada uma equipa de apoio psicológico.
Ouça a reportagem de Rita Carvalho Pereira na FCUL
"Temos uma equipa de apoio psicológico, agora reforçada pela Faculdade de Psicologia, e que está disponível para todas as solicitações que nos venham a ser feitas", sublinha o diretor da FCUL.
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Um jovem de 18 anos foi detido na quinta-feira pela Polícia Judiciária (PJ), que diz ter impedido assim uma "ação terrorista" e ter apreendido várias armas proibidas.
Em comunicado com o título "Impedida ação terrorista", a PJ disse que a investigação que levou à detenção foi desencadeada "por suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa".
Através da Unidade Nacional Contraterrorismo, a PJ encetou na quinta-feira de manhã a operação, cumprindo mandados de busca domiciliária.

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Fonte ligada ao processo disse entretanto à agência Lusa que o alerta para o atentado terrorista foi dado pelo FBI, unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
A mesma fonte confirmou que o detido tem nacionalidade portuguesa e que o ataque estava previsto para esta sexta-feira.
No entanto, a fonte adiantou que seria um atentado a título individual e não teria por detrás a ação de um grupo. Referiu ainda que relativamente a esta cooperação entre as polícias dos vários países no combate ao terrorismo tem levado os Estados Unidos, na sequência dos atentados do 11 de setembro de 2001, a "fazerem um varrimento regular transversal da dark net e de sites considerados perigosos, o que tem permitido antecipar atentados terroristas".

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Segundo o comunicado da PJ, foram apreendidos "vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais".
Além de armas proibidas foram apreendidos outros artigos, "suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos" e vasta documentação, "além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear".
O arguido, detido em flagrante pela posse das armas, está também indiciado pela prática do crime de terrorismo. Será ouvido esta sexta-feira em primeiro interrogatório judicial.