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É a zona do país mais massacrada pela pandemia e a primeira a concretizar o despacho do governo que manda criar uma estrutura de retaguarda em cada distrito para aliviar os hospitais. O distrito do Porto já abriu três destas unidades, podem chegar às 190 camas, mas é o limite porque já não conseguem mais profissionais de saúde.
Além do Seminário do Bom Pastor, em Ermesinde, e da Pousada de Juventude, no Porto, abriu esta segunda feira a unidade de retaguarda para doentes Covid no antigo Hospital da Misericórdia de Paços de Ferreira.
Em declarações à TSF, Marco Martins, coordenador da proteção civil distrital, confessa que mesmo que venha a ser necessário abrir mais camas, já não há condições. "Com toda a boa vontade que possamos ter, não há maneira de abrir mais espaços. É que não há forma de destacarmos mais profissionais de saúde para estas estruturas."

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Dos sete enfermeiros que faziam falta na unidade agora montada no Hospital da Misericórdia, em Paços de Ferreira, só se conseguiram três. Marco Martins lembra, por outro lado, que o problema não é apenas o número, "há auxiliares que não aguentaram nem sequer terminar o primeiro turno no Seminário do Bom Pastor". Não basta boa vontade, é preciso saber ao que vão e sobretudo muita resistência, física e psicológica.
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Aos poucos, os concelhos mais castigados do país vão dando sinais de abrandar a explosão de novos casos. "As pessoas estão assustadas, preocupadas, mas também é verdade que no último fim de semana, por causa do bom tempo, já houve menos gente fechada em casa..." Marco Martins defende por isso que as forças de segurança sejam mais vigilantes nos próximos feriados.
"As pessoas precisam de saber que é a última oportunidade", a última oportunidade antes de um confinamento geral.

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