- Comentar
A pensar no futuro, o autarca de Loures, Ricardo Leão, afirma que, depois da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o concelho ganha uma frente ribeirinha, mas considera que não tem nada a ver com os gastos do altar-palco.
Relacionados
PS critica Moedas. Vereador diz que altar-palco para JMJ "é encenação forçada e desesperada"
"São escandalosos os valores." Engenheiro da Expo'98 arrasa altar-palco
Associação acusa autarquia de não respeitar principio da laicidade do Estado
"Eu não vou sequer comentar se o palco é caro ou se é barato, é uma responsabilidade da câmara de Lisboa. Eu falo da parte de Loures", diz, em declarações à TSF.
"Nós temos um investimento que anda a rondar os nove a dez milhões de euros, mas grande parte deste investimento é para infraestruturar cerca de 70 hectares que irão ficar para um futuro verde e de fruição com equipamentos de lazer, desportivos, de animação", adianta, sublinhando que, da parte de Loures, "é difícil baixar custos" devido à "infraestruturação do espaço", do qual os técnicos e direção do departamento de obras "analisaram um conjunto de propostas de empresas", sendo esta "a mais vantajosa e que garante que a obra está pronta".
"A única frente ribeirinha, digna desse nome, que o concelho de Loures tem e que estava impossibilitado de usufruir, só com este milagre é que foi possível", defende.
Ouça aqui as declarações do autarca de Loures à TSF
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
A JMJ, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas 1,5 milhões de pessoas.
As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
A maquete do altar-palco já foi revelada e no local também já se podem ver máquinas envolvidas no processo de construção.
Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, anunciou, esta quarta-feira, que o município tem um investimento estimado de 35 milhões de euros na preparação e realização dos eventos da JMJ, sendo a maior verba aplicada no Parque Urbano Tejo.
Nesta parcela de terreno destaca-se a reabilitação do aterro sanitário de Beirolas (7,1 milhões de euros), a montagem de um altar-palco (4,24 milhões de euros), a construção de uma ponte pedonal sobre o Rio Trancão (4,2 milhões de euros) e de infraestruturas e equipamentos de saneamento, abastecimento de água e eletricidade (3,3 milhões de euros).
As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.