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Os números de infetados no Algarve estão a subir, mas fazendo uma análise mais detalhada as autoridades de saúde regionais chegaram à conclusão que, de 1 a 15 de junho, 34% dos casos diziam respeito a pessoas de nacionalidade estrangeira. Alguns residentes no Algarve, outros turistas.
Há concelhos como Albufeira, Tavira ou Aljezur em que esses números significam mais de 50% dos casos (respetivamente 65%, 54% e 57%).
A delegada regional de saúde defende que é preciso alterar a forma de avaliação. "Já dei o alerta para todas as estruturas superiores a que me é possível aceder", explica Ana Cristina Guerreio. A médica considera que " este cálculo do número de casos sobre a população residente é um erro". "A população residente habitual é muito mais pequena do que a que temos neste momento e que iremos ter nos meses de julho e agosto", explica.
Ouça a reportagem TSF
Loulé e Albufeira, que são concelhos em risco e vão voltar atrás no desconfinamento, já se insurgiram contra esta situação, considerando-a injusta. Na conferência de imprensa desta sexta-feira para avaliar a situação da região do Algarve em relação à pandemia, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve lembrou que António Costa anunciou recentemente em conferência de imprensa que os casos detetados deviam ser reportados ao concelho de residência e isso não está a acontecer.
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"Lamentamos que nesta decisão [do Conselho de Ministros desta quinta-feira] não tenha sido feito desta forma", diz António Miguel Pina. "Exige-se que as direções gerais, nesta caso a Saúde, obedeçam aquilo que o governo determinou", enfatiza.
Na região do Algarve há pequenos surtos ativos, um deles num lar de idosos no concelho de Faro, onde a maioria dos utentes estava vacinada, o que não acontecia, por opção, com todas as funcionárias.

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Até agora, segundo a delegada regional de saúde, foram encontrados três casos da variante Delta, mas foram enviadas cerca de 100 amostras para o Instituto Nacional Ricardo Jorge e estão ainda em investigação.
