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A conferência episcopal pede que não se encerrem os cemitérios nos próximos dias 1 e 2 de novembro. Algumas autarquias já decretaram a medida, de forma a evitar ajuntamentos de pessoas.
Nos primeiros dias de novembro, a Igreja Católica celebra o dia de todos os santos e de fiéis defuntos, com os crentes a visitar as sepulturas dos familiares falecidos. O padre Manuel Barbosa, porta-voz da conferência episcopal, admite que sejam tomadas medidas suplementares, no âmbito da pandemia, mas não concorda com o encerramento dos cemitérios.

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"Dado o estado atual da pandemia, é sensato que se imponham medidas suplementares de prevenção, mas não é apropriado o encerramento completo dos cemitérios. A emergência sanitária já dura desde março, e muitas famílias enlutadas nem puderam acompanhar adequadamente os seus entes queridos", lembra.
A igreja aponta ao uso de máscara e à redução do número de pessoas em função do espaço, com o intuito de reduzir as hipóteses de contágio. Manuel Barbosa recomenda ainda a celebração de eucaristias no cemitério.
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A conferência episcopal reconhece que a competência para abrir ou fechar os cemitérios nestes dias é das juntas de freguesia. Deixa, no entanto, o apelo a que se respeitem as necessidades dos crentes.
"A gestão dos cemitérios não depende da igreja, mas confiamos que as autarquias saberão interpretar as exigências de bem comum, encontrando um equilíbrio entre a proteção da saúde pública e o respeito pelos direitos dos cidadãos."
O porta-voz da conferência episcopal nota que "não se adoece apenas de Covid-19", mas também de saudade e afetos.

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