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Uma paralisação dos enfermeiros entre as 8h00 e as 12h00 desta segunda-feira está a afetar o IPO de Lisboa. Estes profissionais contestam a não contabilização dos anos de serviço a que dizem ter direito e falam mesmo em discriminação, como explica Isabel Barbosa, do Sindicato dos Enfermeiros.
"Os enfermeiros conseguiram o direito à progressão em 2018 e aquilo que o governo está a fazer neste momento é o pagamento retroativo desde janeiro de 2022. A carreira técnica superior foi atualizada e os enfermeiros ficaram para trás; a contagem dos pontos está a provocar uma série de discriminações, nomeadamente para enfermeiros com mais anos de serviço e para enfermeiros especialistas, havendo mesmo casos de inversão de tabela."
O Sindicato dos Enfermeiros reivindica igualdade de tratamento entre estes profissionais. "Aquilo que pretendemos é uma contagem de todos os anos de serviço para todos os enfermeiros e no caso concreto do IPO que o tempo de serviço noutras instituições ou vínculos precários sejam considerados. Pedimos também que haja um acerto de todas as situações irregulares de que temos conhecimento. Estamos em greve no IPO, porque os enfermeiros com contrato, que são a esmagadora maioria, mais de 400, neste momento não têm os mesmos dias de férias, nem uma redução do horário de trabalho, que têm os enfermeiros com contrato em funções públicas e há, portanto, uma discriminação."
Isabel Barbosa explica que o impacto da greve é mínimo, porque com a greve são definidos serviços mínimos, ainda assim o bloco operatório poderá ser o setor mais afetado por esta greve de enfermeiros no IPO de Lisboa, entre as 8 da manhã e o meio-dia.
O sindicato dos enfermeiros diz que a greve está sempre em cima da mesa, até que as reivindicações dos trabalhadores sejam ouvidas.
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