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A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) não prevê que a greve nacional contra o Orçamento do Estado para 2023 e o que consideram ser a falta de investimento na Educação feche escolas, mas espera uma forte mobilização dos professores.
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"Esperamos que os professores respondam positivamente a este apelo dos sindicatos e mostrem que não há tempo a perder", afirma Manuela Mendonça, presidente do Conselho Nacional da FENPROF, em declarações à TSF.
"Estamos em greve porque reclamamos um maior investimento na Educação. Há pouco mais de um mês (... ) o secretário-geral da ONU instou os líderes mundiais a aumentar o financiamento na Educação, dizendo inclusivamente que o financiamento da educação é o melhor investimento que podem fazer na sua população e no seu futuro."
Ouça aqui as declarações de Manuela Mendonça em direto na Escola Secundária Soares dos Reis, no Porto
"Se não houver já neste Orçamento do Estado para 2023 medidas concretas que permitam melhorar as condições de exercício da profissão vamos agravar o problema da falta de professores qualificados. E isso não é apenas um problema para os professores, não é apenas o futuro da profissão docente que está em causa, é o futuro de todas as crianças, jovens e adultos com quem, e para quem, os professores quotidianamente trabalham. É o futuro, até, do nosso país e a qualidade da nossa democracia", reforça.
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A presidente do Conselho Nacional da FENPROF apela ainda à sociedade portuguesa "que se mobilize também para que o governo se sinta pressionado a agir" e admite que se nada mudar os sindicatos vão avançar novas formas de luta.
"Não sei se greves, mas teremos seguramente a continuação da luta porque os professores estão sempre na primeira linha do combate em defesa do direito à educação", ressalva.
Os professores realizam esta quarta-feira uma greve nacional contra o Orçamento do Estado para 2023 e o que consideram ser a falta de investimento na educação, no dia em que o ministro é ouvido no parlamento sobre a proposta.
Ouça aqui a reportagem em direto na Escola Secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa
A greve foi convocada por sete organizações sindicais, incluindo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e a Federação Nacional da Educação (FNE), que exigem a valorização da carreira docente, o combate à precariedade e a necessidade de promover o rejuvenescimento do setor.
A greve coincide com a ida do ministro da Educação, João Costa, ao parlamento para ser ouvido no âmbito da discussão na especialidade do OE2023, que prevê 6,9 mil milhões de euros para o ensino básico e secundário e administração escolar.