- Comentar
As farmácias registaram, na segunda-feira, um pico de procura por testes à Covid-19 nesta fase da pandemia e uma das associações do setor adianta que já manifestou disponibilidade para voltar a realizar despistes gratuitos à população. Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias, garantiu que os estabelecimentos estão preparados para voltar a prestar esse serviço.
Relacionados
Camas destinadas à Covid perto do limite em Portugal. Urgências registam máximo de afluência
PRO.VAR quer regresso do uso obrigatório de máscaras nos restaurantes
Gouveia e Melo garante que Governo "contará com os militares" se precisar de nova task force
"Estamos preparados e disponíveis. Houve, de facto, já períodos em que houve comparticipação dos testes e, como é óbvio, isso determina a procura, assim como a situação epidemiológica do país. As farmácias têm conseguido, de uma forma bastante ágil, ir-se adequando a essas necessidades. Muitos dos testes são realizados por meios próprios das farmácias, são mobilizados recursos internos", explicou à TSF Ema Paulino.
Ouça as declarações da presidente da Associação Nacional de Farmácias
A presidente da Associação Nacional de Farmácias esclareceu que o regresso da testagem gratuita à Covid-19 nas farmácias pode acontecer através do regresso da modalidade de comparticipação pelo Serviço Nacional de Saúde ou através do sistema em vigor de prescrição pela Linha de Saúde 24. Até ver, o Ministério da Saúde ainda não deu resposta a essa disponibilidade.
"Houve uma redução na ordem dos 60%. Em termos do número de testes efetuados estávamos com uma média entre 25 e 30 mil testes realizados por dia e passamos para uma média de dez mil testes realizados nas farmácias. Na última semana, contudo, houve um aumento, principalmente esta segunda-feira, já para os 15 mil testes diários", acrescentou a presidente da Associação Nacional de Farmácias.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
De acordo com os dados do Ministério disponibilizados à Lusa, os cerca de 8,1 milhões de testes gratuitos, feitos ao abrigo deste regime excecional que terminou no último dia de abril, representaram uma comparticipação de mais de 118 milhões de euros.

Leia também:
Camas destinadas à Covid perto do limite em Portugal. Urgências registam máximo de afluência
Os TRAg começaram a ser comparticipados a 10 euros e depois a 15 euros e agora são de preço livre, dentro de intervalos determinados.
De acordo com o relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a situação da pandemia em Portugal divulgado na sexta-feira, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2, entre 26 de abril e 02 de maio, foi de 26,7%, muito superior ao limiar dos 4% e com tendência crescente.