Falhou acordo entre chefes de urgência e administração do hospital São Francisco Xavier

Em causa está o planeamento da escala do mês de agosto, que prevê que as equipas do serviço de urgência geral sejam asseguradas apenas por um assistente hospitalar (com função de chefia) e um interno de formação geral.

Terminou sem acordo a reunião de mais de duas horas entre os 19 chefes de urgência e a administração do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Os clínicos exigiam condições para ter a urgência aberta durante o próximo mês de agosto, recusando a possibilidade de trabalharem com recurso a apenas um médico e um interno.

Em declarações à TSF, Maria João Tiago, do Sindicato Independente dos Médicos, explicou que, a manter-se a situação atual, as urgências vão estar abertas, mas apenas para reencaminhar doentes.

A reunião "foi uma mão-cheia de nada", considera a sindicalista, que denuncia "pressão sobre os médicos, sob o risco de não lhes serem dadas férias", lamentando que "não se faça nada para fixar médicos no Serviço Nacional de Saúde".

Assim, mantendo-se o risco de fechar as urgências durante a noite e os fins de semana e não estando garantidas as "condições mínimas" de trabalho, os médicos de serviço "poderão apenas orientar as situações não urgentes", o que significa que os doentes "serão encaminhados" para outras unidades.

Esta manhã, os 19 responsáveis anunciaram a demissão em bloco da função de chefia a partir de agosto numa carta enviada ao Conselho de Administração e à Direção do Serviço de Urgência Geral do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), a que a TSF teve acesso.


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