Falta de professores: a "nuvem negra" que pode tornar-se "numa pandemia" nas escolas

Filinto Lima reconhece que o Ministério da Educação tem vontade de resolver o problema da falta de professores nas escolas, mas lembra que a solução "passa muito" pela tutela de Fernando Medina.

A uma semana do arranque no novo ano letivo, há uma "nuvem negra" a adensar-se no horizonte: a escassez de professores, um problema "estrutural" que, segundo Filinto Lima, pode transformar-se numa "pandemia" no sistema educativo se o Governo não investir "fortemente" no setor da Educação.

À TSF, o presidente da Associação Nacional de Diretores e Agrupamentos de Escolas Públicas (ANDAEP) reconhece que o Ministério da Educação tem demonstrado vontade em resolver o problema da falta de docentes, mas não tem a certeza que as medidas tomadas desde o terceiro período do ano letivo passado sejam suficientes.

"Vamos ver se são suficientes para que, de facto, esta escassez de professores não se torne numa pandemia", afirma o responsável, lembrando que "há hoje regiões do país, sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve, sobretudo em algumas disciplinas, em que já não temos professores".

Para Filinto Lima, a chave para solucionar este problema "passa muito por uma atitude do Ministério das Fianças", tutela que "tem de investir fortemente na Educação, nomeadamente nos recursos humanos".

Segundo escreve o semanário Expresso, faltam professores para 2500 turmas em todo o país nas disciplinas de Informática, Geografia, Inglês e Português do 2º ciclo. Mas a verdadeira dimensão da escassez de professores vai ser conhecida ao longo da próxima semana, com o arranque do ano letivo.

"Por exemplo, hoje, sexta-feira, irá sair uma reserva de recrutamento onde serão colocados centenas de professores. Iremos perceber se esses professores aceitarão os horários e se o sistema responde aos pedidos dos diretores para alguns horários", assinala.

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