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A uma semana do arranque no novo ano letivo, há uma "nuvem negra" a adensar-se no horizonte: a escassez de professores, um problema "estrutural" que, segundo Filinto Lima, pode transformar-se numa "pandemia" no sistema educativo se o Governo não investir "fortemente" no setor da Educação.
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À TSF, o presidente da Associação Nacional de Diretores e Agrupamentos de Escolas Públicas (ANDAEP) reconhece que o Ministério da Educação tem demonstrado vontade em resolver o problema da falta de docentes, mas não tem a certeza que as medidas tomadas desde o terceiro período do ano letivo passado sejam suficientes.
"Vamos ver se são suficientes para que, de facto, esta escassez de professores não se torne numa pandemia", afirma o responsável, lembrando que "há hoje regiões do país, sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve, sobretudo em algumas disciplinas, em que já não temos professores".
Para Filinto Lima, a chave para solucionar este problema "passa muito por uma atitude do Ministério das Fianças", tutela que "tem de investir fortemente na Educação, nomeadamente nos recursos humanos".
Filinto Lima fala de um problema "estrutural" que só será resovido se o Ministério das Finanças "investir fortemente" na Educação.
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Segundo escreve o semanário Expresso, faltam professores para 2500 turmas em todo o país nas disciplinas de Informática, Geografia, Inglês e Português do 2º ciclo. Mas a verdadeira dimensão da escassez de professores vai ser conhecida ao longo da próxima semana, com o arranque do ano letivo.
"Por exemplo, hoje, sexta-feira, irá sair uma reserva de recrutamento onde serão colocados centenas de professores. Iremos perceber se esses professores aceitarão os horários e se o sistema responde aos pedidos dos diretores para alguns horários", assinala.
Filinto Lima adianta que só ao longo da próxima semana se perceberá a verdadeira dimensão do problema. Ouça as declarações ao jornalista Rui Cid.